sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Não mata mas moe

Há tanta coisa que nos conseguem aborrecer nos dias que hoje correm. Se calhar é por isso que as pessoas com quem me cruzo na rua têm um ar chateado com tudo e todos, a certa altura até deixamos de nos dar conta, quase como se nos tornassemos imunes. Deixamos de nos consumir com o facto da pessoa que passou por nós e nos deu um tremendo encontrão não ter parado sequer para pedir desculpa, o facto de cada um apenas se preocupar acima de tudo consigo mesmo não se ralando minimamente com os outros. Se fosse ligar a isso andava sempre aborrecida, é-me igual ao litro, por assim dizer, mas quando visito outros locais onde as pessoas são mínimamente cortezes e bem educadas (é facil habitarmo-nos ao que é bom) e retorno para a minha realidade, o contraste é demasiado grande, não me sinto revoltada com isto, sinto-me triste. Sinto-me tiste por o nosso país estar na cauda da europa em quase tudo, mas também há que ver que para se conseguir evoluir as pessoas também têm que o fazer, enquanto a falta de civilidade prevalecer, enquanto se cultivar uma sociedade de atrasados mentais, enquanto se pensar em nós próprios em primeiro lugar, os últimos lugares estarão todos à nossa disposição.