terça-feira, 26 de maio de 2009

Mudam-se os tempos

O sexo é o tema do momento nos telejornais.

Primeiro tivemos a notícia da shô doutora professora, afirmando que todos os seus alunos de 12 anos já não eram virgens e que possivelmente trocavam favores sexuais por bollycaos à hora do recreio.

Depois passou a falar-se da distribuição livre de preservativos nas escolas.

Mas querem dar cabo de tudo?

E a nossa tradição da gravidez adolescente? As tradições são para serem celebradas, não compreendidas!

Qualquer dia os Bastinhas recusam-se a torturar touros ali no Campo Pequeno alegando que se trata de crueldade.

Ou então, vão-me dizer que o galo de Barcelos não voltou mesmo à vida - o que se vai fazer a tanta figura e panos de cozinha por tantas lojas de souvenirs por este Portugal?

Pior, vão dizer que afinal na Cova da Iria o sol não bailou - os putos é que andaram de volta das papoilas...

Está tudo perdido! Já não há valores...

Para onde vais Portugal?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Algém me explique

...como é que isto

...é um sex symbol

Se visse esta pessoa na rua, primeiro dizia-lhe para ir ao médico porque provavelmente a pazada que tinha levado na cana do nariz tinha deixado sequelas.

Depois fugia, porque sei que traz um picador de gelo dentro do bolso do casaco. Aquele olhar não engana.

"Ah, ele é fascinante..."

Primeiro que tudo É A PORRA DE UMA PERSONAGEM!

Não sei quanto às pitas malucas que por aí andam, manter uma relação com um vampiro não é a minha ideia de diversão.

E se quisesse ir dar uma volta num domingo à tarde? É o vais, não é?

Tenham mas é juízo!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

The beautiful people

Costumava ficar em choque sempre que via fotos da minha família.

Ao rever essas imagens dava por mim a pensar: "Como é possível eu alguma vez ter saído à rua assim?".

Quantos de nós não vestiram aqueles míticos fatos de treino coloridos e de um material extremamente brilhante como aqueles ali abaixo?

Depois descobri este sítio awkwardfamilyphotos.com e todas as minhas concepções sobre a vida, a morte e pastéis de bacalhau foram abaladas.

E pela vossa alminha, não deixem de ver nenhuma.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Águinha del cano

Não sei se repararam que a secção de águas dos supermercados continua a crescer de forma descontrolada.

Recordo-me que nos meus tempos de infância exista água do Luso sem gás e pedras para o caso de nesse dia se ter enfardado uma dobrada carregada de picante.

Chamem-me old school - não vos vou responder, porque não é o meu nome - mas acho que já é um bocadinho de mais.

Águas com sabores, águas para emagrecer, águas em frascos de vidro com diamantes...

Costumava sarcasticamente dizer que só faltava venderem água da torneira.

Porque acho que a minha expressão de sarcasmo me dá um ar muito blasé e também porque gosto de elevar a sobrancelha. O elevar de sobrancelha pode também, quando conjugado com o dilatar de narinas, servir para demonstrar extremo desagrado em relação a alguma situação - sou um mimo no que toca a expressões faciais, e também de bikini, mas isso agora não interessa...

Então não é que no outro dia me encontrava calmamente a ler uma revista mais ou menos pseudo e lá pelo meio de páginas com modelos em posições de parco equilíbrio, com ar de muita fominha e olhar no infinito, vi a reportagem?

Há uma empresa de New York (não, não estou a ser snob, acho mal mudar o nome dos sítios, da mesma forma que não gosto de ouvir dizer Oporto ou Lissabon) que vende precisamente água da torneira!



Não é nada que o pessoal que vende garrafas de água à saída dos jogos de futebol não se tenha lembrado, mas não fazem é publicidade disso.

Já estes fazem publicidade disso e o mais incrível é que vendem como pãezinhos quentes.

É água da torneira!

Eles só a engarrafam!

Falem-me do Bob Proctor e o seu esquema genial para enriquecer sem fazer grande coisa.

Estes nem precisam de enganar ninguém...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ajoelhou...

Essa coisa da peregrinação é muito bonita.

Fortalece os laços de amizade, enquanto se untam pés ensanguentados.

Depois, o ritual do acender das velas em forma de partes do corpo humano em tamanho real, o enceranço da calçada com os joelhos...

Por esta altura, milhares de crentes dirigem-se ao santuário e consta que quanto maior o sacrifício, maior o milagre que se pode pedir.

Não acho justo!

Então e o pessoal que mora lá? Tem de fazer um detour pelo Bom Jesus e voltar? É que se virem bem ainda é complicadito atravessar aquelas estadas de gravilha de joelhos, ainda por cima nesta altura do ano. Sim, que eu bem sei. Muito boa gente vai para lá de cu tremido e depois de estacionar a viatura, atiram-se de joelhos ao chão. Pessoal, "Eles" estão em todo o lado. Não vale tentar fazer batota.

E sabem que no santuário se vendem joelheiras?

É para que o andar de rojo não seja tão incómodo, vejam só...

Qualquer dia querem que se monte uma esplanada ao pé do altar, é que ainda se apanha um solzito valente por aqueles lados.

Era a junção perfeita: produção de vitamina D e a celebração da fé.

Tenho mesmo que começar a registar estas patentes!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Tranque lá a porta oh fáxavor!

Tenho uma bexiga pequena.

Mínima, mesmo.

Consigo ir antes de sair de casa e 15 minutos depois já estar à rasca outra vez.

O meu respectivo diz que o som que ouve vir da casa de banho se assemelha a uma chuva torrencial de aproximadamente 5 segundos. E não, não tenho bexiga envergonhada.

Neste aspecto estou preparada para sobreviver nas condições mais adversas. Agradeço à minha melhor amiga.

Toda a família dela, toma o acto de ir à casa de banho como outra qualquer banalidade.

Embora me considerem de família, sei que ainda não sou um deles porque se coíbem de entrar na casa de banho se lá estiver. Não peço que o façam, mas cá dentro dói saber que após todos estes anos (22), ainda não sou inteiramente aceite.

Tendo em conta a minha condição, sou frequentadora assídua de casas de banho - não há sítio onde vá que não conheça pelo menos uma.

Regra geral estas visitas decorrem sem incidentes de maior, mas aqui no meu novo local de trabalho, o acto de fechar a porta do compartimento parece não constar na lista de coisas a fazer - logo a seguir ao entrar a imediatamente antes de forrar todos os milímetros da tampa da sanita com pequenas tiras de papel higiénico.

Já é a terceira vez que abro a porta e está uma senhora sentada no trono, com olhar no infinito e que consegue apenas soltar um gritinho de surpresa na minha direcção. Peço desculpa e daí por diante, cada vez que nos cruzamos na copa, um ambiente de consternação abate-se sobre nós - até ao fim dos dias.

Ainda me lembro a primeira vez que uma situação destas me aconteceu.

Passou-se em casa de uma colega minha da faculdade. Essa casa era dividida com mais 5 pessoas. Uma delas era realmente estranha e tirando o facto de lhe chamarem Fatuxa, desconfiava tratar-se de um homem.

Não ligava muito à higiene pessoal, era comum termos de deitar comida germinada fora de dentro dos tachos que deixava no frigorífico comum, usava roupa que deixava as suas formas indefinidas entre o americano médio ou a basquetebolista gorda e praticamente não dormia em casa.

Um belo dia, sem que nada o fizesse antever, numa manhã de ressaca, abri a porta da casa de banho com um pequeno toque. A porta abriu-se lentamente, deixando ver do outro lado a Fatuxa, de calças de fato de treino em baixo (ela usava boxers), lendo uma revista sobre relógios de cuco (don't ask) e mostrando a alva brancura das suas coxas...

Ainda hoje, esta imagem me assombra. E às minhas colegas, que tiveram de me ir buscar à porta onde me mantinha estática.

Nesse dia, confirmamos que a Fatuxa era uma mulher, porque não se incomodou com o incidente e continuou na sua vidinha.

E é desta forma enternecida que a recordamos ainda hoje...