sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Não mata mas moe

Há tanta coisa que nos conseguem aborrecer nos dias que hoje correm. Se calhar é por isso que as pessoas com quem me cruzo na rua têm um ar chateado com tudo e todos, a certa altura até deixamos de nos dar conta, quase como se nos tornassemos imunes. Deixamos de nos consumir com o facto da pessoa que passou por nós e nos deu um tremendo encontrão não ter parado sequer para pedir desculpa, o facto de cada um apenas se preocupar acima de tudo consigo mesmo não se ralando minimamente com os outros. Se fosse ligar a isso andava sempre aborrecida, é-me igual ao litro, por assim dizer, mas quando visito outros locais onde as pessoas são mínimamente cortezes e bem educadas (é facil habitarmo-nos ao que é bom) e retorno para a minha realidade, o contraste é demasiado grande, não me sinto revoltada com isto, sinto-me triste. Sinto-me tiste por o nosso país estar na cauda da europa em quase tudo, mas também há que ver que para se conseguir evoluir as pessoas também têm que o fazer, enquanto a falta de civilidade prevalecer, enquanto se cultivar uma sociedade de atrasados mentais, enquanto se pensar em nós próprios em primeiro lugar, os últimos lugares estarão todos à nossa disposição.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Caixas prioritárias

No meu entender todo o conceito de caixa prioritária devia ser revisto. Não a abolição das mesmas, nada disso. Refiro-me sim ao conceito do tipo de pessoas que têm o direito de nos passar descaradamente à frente numa fila na qual estamos hà mais de meia hora à espera para deixar la algum do nosso dinheiro. Que legitimidade tem uma pessoa que acabou de chegar a uma fila na qual se encontram várias pessoas e passar-lhes a frente? Não acho mal que isto aconteça, mas quando as pessoas realmente precisam. Todo o conceito de caixa prioritária faz todo o sentido, evitando que pessoas que não podem estar em pé durante muito tempo o tenham que fazer, nada contra isso. Junto à caixa temos então três bonequitos que pretendem representar quem tem este direito. São elas grávias, pessoas com deficiência física ou com crianças de colo. Para já no meu entender, pessoas idosas também deveriam constar nesta lista, se calhar destas pessoas quem mais tem dificuldade em manter-se de pé por grandes periodos de tempo. Em segundo lugar grávidas de 4 meses (em que nem normalmente não se nota, á excepção de gravideses de gémeos ou assim...) não estão claramente abrangidas nos acima citados porque o peso da criança ainda não justifica a dificuldade de estar de pé muito tempo (que é a base da existência das caixas prioritárias....). E por fim, esta sim, se calhar a razão que me levou a escrever este post, pessoas com crianças de colo.....OK, crianças de colo entenda-se por crianças transportadas ao colo sem que exista como recurso o auxílio de carrinhos de bébé ou carrinho com cadeirinha. Vou ilustrar com uma cena que presenciei este fim de semana (em que normalmente as grandes superficies se encontram cheias com grandes filas...): Dois casais com carrinhos de bébé, um deles coloca-se na fila de uma caixa prioritária, outro saca da criança do carrinho de bébé, e ca vamos nós ao colo, passa à frente de toda aquela gente (inclusivamente do outro casal que também tinha bébé, mas respeitadoramente se mantém na fila), paga, e assim que o faz volta a criança para o carrinho....Vejamos, ou a mãe estava cheia de saudades de pegar a filha ao colo ou então, palpita-me que foi apenas p passar à frente de toda aquela gente....Palpita-me pode ter sido a primeira hipótese...Se calhar sou um bocado ma pessoa ao fazer assim juízos de valor. Bab, bab me!!!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Exagero? Não, incompreensível!

Nos últimos tempos não tenho tido tempo para vir aqui e deixar escritos, ou se calhar estive a testar a paciência de quem quer que seja que me leia. Isto tudo para fazer um preâmbulo ao que realmente queria dizer (engenhoso não é?).
Ontem fui ao cinema, um dos meu passatempos favoritos, devo dizer com algum orgulho que vejo todos os filmes em cartaz ou grande parte deles. Se os deixar passar fica cá aquela comichãozita...Mas enfim, o que queria relatar passou-se ontem à entrada da sala, como sempre cheguei em cima da hora e entrei a correr, tendo-me logo aprecebido que o filme ainda estava a acabar. O filme tinha-se trasado por algum motivo que não cheguei a apurar e tinha que esperar um bocado, tudo bem por mim. Logo de seguida as pessoas começaram a abandonar a sala, mantive-me no meu lugar porque a sala teria que ser limpa, como de costume após um filme terminar. Neste entretanto um grupo grande de pessoas passa por mim como um flecha e entra na sala, tendo sido logo de seguida convidados a sair pelo pessoal da limpeza. Foi neste momento que estalou a discussão porque o filme estava marcado para as 19:25 e não se compreendia (erm, eram 19:27...). As pessoas recusavam-se a sair da sala e quando finalmente sairam, o ar de consternação era evidente, as críticas continuavam, acenos de cabeça. A concentração de pessoas à porta era apertada para que não ninguém passasse a frente de ninguém (quando ao fim ao cabo tinham todos passado à minha frente e de outro rapaz que olhou p mim com um encolher de ombros como quem diz: "não é como se fossem tirar o pai da forca, porquê esta pressa toda?". Finalmente o pessoal da limpeza sai muito criticado pelo grupo que se concentrou à porta e a ordem é reestabelecida pelo início do filme 5 minutos depois da hora marcada...

terça-feira, 27 de março de 2007

Sente-se revoltado, não é verdade?

Após observar diversas entrevistas televisivas, chego à conclusão que a maior parte dos nossos jornalistas se encontram nessa profissão como uma espécie de estágio para mais tarde enveredarem por uma promissora carreira como escritores de novelas. O sensacionalisto é gritante!!!Vou dar um exemplo que qualquer semelhança com a realidade (uma bem retorcida)é mera cuincidência.Ca vai:
-"Numa casa sem condições, sem electricidade, água potável, esgotos, em que chove, com apenas um quarto, mora uma mãe solteira, paraplégica, cega de um olho e menor de idade. As carências são evidentes, 3 dos 25 filhos sofrem de atrasos mentais, lepra e acne, outros 5 são alcoolicos. Para quem julgasse que uma situação destas se encontraria no interior profundo, este caso encontra-se na capital, sem o apoio da autarquia, Josefa pode apenas contar com a ajuda de alguns vizinhos. (etc....)"
Esta narrativa serve apenas para ilustrar o tipo de jornalismo que se tem vindo a fazer nos últimos tempos. Será que não existem notícias suficientes para preencher uma hora de jornal, para que seja necessário inventa-las? Historiazitas de fazer chorar as pedras da calçada (ou não), intervenções de pessoas extremamente revoltadas com qualquer coisa, ou peças sobre coisas engraçadas que se passam com os pandas do jardim zoológico de Tóquio....Mas que raio? Qualquer dia quem vai aparecer numa entrevista num canal qualquer de televisão vou ser eu. "Sinto a minha inteligência insultada e quero pedir uma indeminização churuda aos responsáveis pela programação deprimente que passa na televisão pública portuguesa e também por danos psicológicos porque fiquei lesada ao julgar que me poderia pelo menos socorrer de programas sérios como um boletim informativo" Tenho a certeza que ganharia, bastava-me arranjar um jornalista que desse a conhecer a todo o país o meu sofrimento.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Inteligência emocional

"Na psicologia, inteligência emocional é um tipo de inteligência que envolve as habilidades para perceber, entender e influenciar as emoções.Descreve uma capacidade, ou uma habilidade de perceber, para avaliar, e controlar as emoções de si mesmo, de outro, e dos grupos."

Diz-se que este tipo de inteligência é duas vezes mais importante no sucesso do que a inteligência pura e simples. Não se limita apenas a criar empatia entre as pessoas mas também a estreitar laços, estabelecer relações de confiança ou mesmo uma apurada intuição. Este facto explica o talento inato de liderança de algumas pessoas ou o génio de antevisão de conportamentos sociais. Normalmente estes fenómenos chegam ao nosso conhecimento através de casos específicos de individuos que à partida não teriam qualquer preparação a nível escolar e não devendo muito à sua capacidade intelectual, atingiram o sucesso empresarial ou munetário. Acima de tudo, alguém com um elevado QE pode ser considerado um manitulador nato, nós somos as marionetas e ele o mestre que tem o mundo na mão.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Homem - Carro, essa bonita relação

Alguns homens têm com o seu carro uma relação de estima tão profunda que os tratam quase como se tivessem vida. Falam com ele acariciam-no, tratam dele todos os fins de semana como se disso dependesse a sua vida. Nada de pés sujos, bater com portas ou comer ou beber dentro dos mesmos. É precisamente aí que um carro de mulher se distingue de um de homem, normalmente um carro de mulher esta sempre sujo e não vê um aspitador e uma lavagem há muito muito tempo.....Isso e os autocolantes e bonecos dentro do carro (normalmente animais felpudos). Um carro de homem normalmente tem tudo o que tem direito, spray para tablier, spray para jantes, ambientadores, cera e mais um cem número de produtos, que eu como mulher não faço a mais pálida ideia.
Há ainda um outro aspecto curioso que julgo ser um troço da teoria da relactividade ainda não patenteada: A relação directa entre a potência do carro e o crescimento do ego do tipo que la vai dentro. Esta relação directa dá origem a demonstrações de ego geralmente em semáforos vermelhos que possibilitem o posicionamento de dois carros ao lado um do outro. Dão-se então alguns rituais típicos, acelerações, aumento de volume de música e em casos mais graves, o acender de luzes negras ou variantes. No caso de ser uma mulher no carro ao lado, o comportamento é modificado para uma tentativa de ritual de acasalamento, dando origem ao aumento do volume da música, uso da buzina ou abertura da janela do condutor. Nesse momento, encolho os ombros e sigo o meu caminho assim que a luz verde acende no carro com falta de uma lavagem e com um outro boneco felpudo no seu interior.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Fatos estampados

Sempre me fascinou a capacidade que algumas senhoras têm de invergar orgulhosamente fatos estampados, sejam eles padões de animais da savana, arborescências ou simplesmente uma mescla de cores abstracta. Pode ter-me passado ao lado mas estaremos a tentar entrar para o guiness por mais um motivo cretino?!?Tipo a maior concentração de pessoas a terem ataques epiléticos ao mesmo tempo - "queres participar? entao junta-te a nós no próximo sábado na avenida da república e traz a roupa mais visualmente ofensiva que conseguires".....Temos ainda tantas outras variantes, por onde começar? Folhos, muitos folhos, brilhantes, roupa bordada com brilhantes de várias cores, pessoas vestidas totalmente de branco, azuis bébés, cor de rosa, amarelo, verde alface, misturas de padrões (quadrados com riscas com estampados de leopardo....)e claro, bijuterias bastantes bijuterias e quanto maiores, melhor, douradas, douradas com grandes pedras coloridas. Ahhhhhhh,acho que tenho dir ali por um trapo ma boca para não engolir a lingua....

sexta-feira, 9 de março de 2007

Dia da mulher

Ontem foi dia da mulher, uma data tão importante que só me apercebi já depois da hora do almoço. Não vejo qualquer sentido nesta data, pode parecer clichê mas não é necessáro existir uma data definida para que nos lembremos das coisas, isso pode acontecer todos os dias. Não digo isto em relação a esta data em específico mas em relação a outras datas que não passam de estrategias comerciais. Parece que todos os anos surgen datas "especiais" novas. O dia dos namorados, o dia do pai, o dia da mãe, o dia da criança, o dia dos avós. Esta última tomei conhecimento há sensivelmente dois anos quando confrontada pelo meu avô que me disse indignado que era dia dos avós e eu não lhe tinha sequer telefonado....O que é que se segue? o dia dos animais domésticos no qual temos de levar o nosso bichinho a jantar fora, sem nos esquecermos de lhe darmos um brinquedo novo?

quarta-feira, 7 de março de 2007

Concentração masculina

Não é fantástica a forma como os homens conseguem entrar em "tilt" sempre que uma mulher mais ou menos atractiva (mais ou menos despida também resulta) se encontra nas redondezas? Nem é necessário que se encontre presente - fisicamente entenda-se - pode ser pela televisão. Qualquer linha de raciocínio levada até então é bloqueada dado o afluxo de sangue a outras partes do corpo. São capazes de dizer a copa, se existem botões desabotoados, decotes mais pronunciados, saias mais curtas que o normal ou até se a pessoa em questão sente frio! Uma vez perdidos nestes processos mentais, deixam todo o espaço do mundo para serem manipulados de forma obvia. Um sorriso, um olhar em específico um sacudir de cabelo um toque podem fazer maravilhas. Desengane-se quem pensa que os homens lideram o mundo, está provado que é precisamente o contrário. Nem que seja por um instante, uma mulher atraente é capaz de fazer toda a concentração de um homem focar-se unica e exclusivamente nela. Instinto ou simplesmente excesso de atenção?

segunda-feira, 5 de março de 2007

Would you like to order?

Mais um episódio presenciado num restaurante: Uma senhora entra olha em volta e senta-se numa mesa sozinha. Prontamente o empregado dirige-se à mesa escolhida e pergunta se gostaria de pedir. "Estou a espera de alguém....". O Empregado pede desculpas e afasta-se. Meia hora passa, entre vislumbres de relógio e tentativas de ligação. A senhora sente-se claramente desconfortável e o empregado impaciente - está prestes a começar o duelo. O empregado dirige-se mais uma vez à mesa e pergunta se gostaria de pedir alguma coisa, desta feita, a senhora vê-se forçada a pedir a bebida, esperando com isto ganhar algum tempo. O empregado toma nota e volta rapidamente com o pedido, com ar que não desistirá facilmente. Afasta-se...Mais algum tempo passa e ninguém aparece, o empregado desloca-se vagarosamente em direcção à mesa alvo. A senhora pega no telemóvel e tenta uma última ligação gorada. O empregado chega, é um facto, tem de desistir. Pede qualquer coisa sem grande vontade. O empregado afasta-se com um sorriso trasnversal.
Algo que numa outra situação teria sido completamente inoquo, fez com que a pessoa em questão, já fragilizada com o facto de ter sido abandonada sem qualquer explicação, se viesse a sentir ainda mais miserável. A insistência dizia "Levaste tampa, ok. Então agora vamos mas é pedir que eu tenho mais que fazer e se é para ter a mesa ocupada convém que faça alguma despesa". Sempre adorei a forma de dizer as coisas sem as dizer:
"Deseja pedir?" - "Para estar nesta mesa deve fazer um consumo jeitoso"
"Vou ter que o convidar a sair" - "Põe-te la fora!"
ou ainda o sermos perseguidos dentro de lojas pelos empregados que a cada 5 passos nos perguntam se precisamos de ajuda. - "Estou de olho em ti para o caso de quereres deitar a mão a qq coisa..."
Em qualquer dos casos, mando-os dar uma volta. Mas desta feita, com todas as palavras.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Vamos ter que nos chatear?

Ontem, enquanto esperava pela confecção do meu jantarito num restaurante com essa fantástica invenção - o take-away - deparei-me com uma cena que sempre me fez alguma confusão. Duas senhoras tinham acabado de jantar, num típico jantar de amigas, quando chegou a altura de pagar a conta. Neste momento estalou a seguinte discussão:
- Vá, vou la pagar.
- Ai, não sejas parva, pago eu.
- Queres ver que a gente vai ter que se chatear?
- Pago eu.
- Não, pago eu...
Após esta troca de palavras segui-se um sprint até à linha da caixa onde a discussão continuou com suaves empurrões entre ambas, até que uma deles saiu vitoriosa e lá conseguiu pagar....
Questão: Alquém quer assim tão desesperadamente pagar a despesa feita por outra pessoa? Ao ponto de haver uma chatice entre pessoas que são amigas há algum tempo? Ao ponto de haver uma discussão pública com direitos a empurrões?
Resposta: Não. Este tipo de cenas dignas de teatro aos melhores níveis não passa de representação social, ambas as pessoas insistem em pagar a totalidade da conta porque:
1º Pagar apenas a sua despesa revela mesquinhez e avareza.
2º Fazer a divisão do total e pagar apenas essa parte, embora menos grave que a primeira opção, pode ser interpretado da mesma forma.
3º Pagar a totalidade, isso sim é aceite.
Eis o processo de pensamento de ambas as pessoas dado estes pressupostos:
Quem não pagou - "Vou insistir sempre para que dê a impressão que quero realmente pagar a conta, contudo no fim, safo-me por uma nesga, simplesmente porque perdi tempo neste jogo discutindo ao pé da caixa, sem que tenha a minha carteira. Depois só me resta fazer ar de desaprovação e dizer que tem que me deixar pagar para a próxima vez"
Quem pagou - "Vou insistir sempre para que dê a impressão que quero realmente pagar a conta, mas raios.....ela foi buscar a carteira logo agora que a empregada me estende a mão para pedir o devido pagamento e já o tenho aqui na mão....vou ter que pagar desta vez.....Não faz mal, para a próxima paga ela mas num sítio mais caro...."
Passado isto, seguiram o seu caminho de braço dado, felizes na sua amizade.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Grande passo

Durante toda a vida é-nos feita uma lavagem cerebral para que cresçamos e formemos uma familia. A ordem das coisas está estabelecida quase, cornometrada:
- Até aos 18 anos (17 para alguns), frequenta-se a escola (com boas notas de preferência, como preparação para a próxima fase).
- Dos 18 até aos 23 , Universidade completa nos 5 anos de praxe (estágio incluído).
- Após boa prestação durante o estágio, obtém-se o merecido posto de emprego fixo (mais ou menos bem remunerado).
- 23 até ?, chega então aquela fase na qual é suposto "formar família" (normalmente resultante dos namoros de faculdade). Porque afinal de contas, já se tem um emprego estável e a idade já vai sendo de "juntar os trapinhos". Vejo as pessoas que me rodeiam seguir estas regras incutidas, quase inconscientes, com uma cordialidade e conformismo que me assustam. "Juntemo-nos, vivamos juntos, casemo-nos, tenhamos filhos...." Tudo isto são coisas que vejo num futuro longinquo mas o que recebo por demonstrar esta minha opinião, são geralmente acenos e ares reprovadores, como quem diz: "Coitadinha.....Não te despaches não.....Qualquer dia (quando nós estivermos rodeados de crianças ranhosas e birrentas - mas adoráveis) ninguém te vai querer, porque já passaste da idade. Será só a mim que este tipo de mentalidade pequenina e sem quaisquer prespectivas deixa deveras deprimida?

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Passo ao de leve

Sinto que passo ao de leve pela vida. Sem grandes sobresaltos, sem emoções, sem que nada importe o suficiente para mim... As pessoas que se cruzam comigo nada me dizem, não me sinto próxima de ninguém, por vezes até nem mesmo de mim. Como se vivesse numa dormência continua, numa respiração suspensa. Nada parece afectar-me....um acidente, uma morte....como se o que tenho nas veias nao fosse sangue mas sim nada....Será possível nao ter sentimentos?
Revejo vezes sem conta toda esta realidade e tento pensar como um psicologo pensaria: "Este afastamente denota uma tentativa de auto-protecção a possíveis sofrimentos emocionais..."
Mas quero sentir, seja dor, pena, alegria ou amor. Quero sentir-me esmagada por sofrimento, arrebatada por uma felicidade tão grande que seja impossível conter, mas acima de tudo, quero sentir-me viva.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

New Born

Nasce hoje o meu blog. Sem pretenções. Grandes espectativas e sem tema dominante definido. Pode parecer exagerado mas este momento é para mim algo solene. Não é de ânimo leve que levo avante a criação do cblues (sim, cblues, pq embora não tenha conseguido escolher URL que queria, ele será cblues com convicção). Possívelmente será só meu, mas gosto de pensar que se alguém, por acaso aqui passar, goste tanto de o ler como eu gostarei de o escrever.