segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Canta-me histórias

Este fim de semana tive um jantar de aniversário num restaurante com música ao vivo.

O conceito até pode parecer agradável mas quando temos que gritar para as pessoas que se sentam ao pé de nós para sermos ouvidos, a questão toma outra figura. E quando associado ao volume estupidamente alto associamos uma selecção musical onde constam hits dos Boyzone, Daniela Mercury, Paulo Gonzo e André Sardet, os diversos objectos aguçados que se encontrem sobre a mesa começam a tornar-se apetecíveis para arremessamento.

Decorrente desta situação temos um fenómeno que me é muito familiar e se caracteriza pela cessação do ruído enquanto ainda estamos aos berros, deixando toda a gente ouvir uma frase descontextualizada que dizemos imediatamente antes de toda a gente ficar a olhar para nós escandalizada.

De entre as frases míticas proferidas por mim nestas situações temos as seguintes:

Ao lado de uma família de pretos - "...a filha da puta era preta mas mesmo PRETA!"

Num restaurante - "meteu-lha toda até ao cotovelo..."

And last but not the least - "...pila grande cheia de veias..."


Não confirmo nem desminto a correcção da interpretação feita.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Défice de atenção

Ontem estive a ver o jogo do meu Benfica e cheguei ao final com um grande buraco negro na minha cabeça. Depois apercebi-me que de há uns tempos para cá não tenho conseguido seguir os jogos das águias.

A razão poderá ou não estar relacionada com isto:



É o que dá ser demasiado atenta ao pormenor...Sabem o quão complicado é tentar ouvir uma pessoa com espinafres entre os dentes da frente ou uma borbulha cheia de nhanha na ponta do nariz? Pois!

Não sei se é superstição, se o Maxi está a tentar fazer concorrência ao aspecto do Coentrão, ou então já alguém lhe dizia que aquela verruga não vai bem com vermelho - nem com nada.

Vejam lá isso, e de caminho, dêem uma tosquiada ao David Luiz, boa?

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Desculpas...

Não sei quanto as vocês, mas acho isto



uma desculpa muito fraquinha para ir ver homens adultos a abanar os berloques.

Parece que estou a ouvir a conversa:

"Amor, vou ver um musical. Só comprei bilhetes para mim, a Maria e a Carla porque sei que não gostas..."

"Ya, pensaste bem. Nem atado me apanhavas numa cena dessas."

(A conversa continuaria por caminhos que se distanciam do ponto de vista defendido, passando pela alusão ao jantar no forno, um pedido de uma mini e um "mas tu pensas que sou tua criada", concluído com um bater da porta da rua. Por este motivo optou-se por não se continuar a teatralização da mesma.)

Epá, agora senti-me por momentos Eça. Não se preocupem que já passou, optei por manter só o bigode encaracolado nas pontas, visto que planeio ir a uma concentração da confraria dos bigodes no mês que vem e diz que lá fazem umas alheiras de caça que são daqui, mais ou menos para cima.

Com isto já estou a divagar - como de costume...

Dizia eu que acho uma desculpa muito esfarrapada, tal como o pessoal que refere as entrevistas na Playboy como um dos atractivos que a distinguem das restantes do seu género...

Eu diria que a partir do momento em que a FHM achou que seria boa ideia pôr a Maya na capa e nas páginas centrais em poses de franguinho assado, que passou a ser socialmente aceite dizer que se compra a Playboy pelas gajas (mesmo que haja um artigo fabuloso sobre o Ultimate Aero Twin Turbo e as suas façanhas).

Confesso que a última vez que vi um tipo nu em palco, a experiência não foi tão prazeiroza como esperaria dada a proximidade com que vasta pilosidade traseira do actor passou da minha cara. Mesmo assim, tenciono dar lá um pulinho só para confirmar que não estou a ser injusta no meu julgamento e porque defendo vivamente que só posso dizer mal depois de saber do que se trata. Razão pela qual li um livro do Nicholas Sparks e da Margarida Rebelo Pinto, em ambos os casos confirmei as minhas suspeitas entre cólicas renais - but hey, fool me once...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Efémero

Esta e outras têm-me feito companhia nos dias que têm passado.

Como é possível que uma pessoa que criou coisas destas se tenha perdido numa tarde de calor num refrescante banho de rio?

Não consigo deixar de ter este sentimento de desperdicio estúpido.

Ficaram-nos as músicas que para mim serão sempre um misto de fascínio e consternação...

terça-feira, 1 de setembro de 2009