Mais um episódio presenciado num restaurante: Uma senhora entra olha em volta e senta-se numa mesa sozinha. Prontamente o empregado dirige-se à mesa escolhida e pergunta se gostaria de pedir. "Estou a espera de alguém....". O Empregado pede desculpas e afasta-se. Meia hora passa, entre vislumbres de relógio e tentativas de ligação. A senhora sente-se claramente desconfortável e o empregado impaciente - está prestes a começar o duelo. O empregado dirige-se mais uma vez à mesa e pergunta se gostaria de pedir alguma coisa, desta feita, a senhora vê-se forçada a pedir a bebida, esperando com isto ganhar algum tempo. O empregado toma nota e volta rapidamente com o pedido, com ar que não desistirá facilmente. Afasta-se...Mais algum tempo passa e ninguém aparece, o empregado desloca-se vagarosamente em direcção à mesa alvo. A senhora pega no telemóvel e tenta uma última ligação gorada. O empregado chega, é um facto, tem de desistir. Pede qualquer coisa sem grande vontade. O empregado afasta-se com um sorriso trasnversal.
Algo que numa outra situação teria sido completamente inoquo, fez com que a pessoa em questão, já fragilizada com o facto de ter sido abandonada sem qualquer explicação, se viesse a sentir ainda mais miserável. A insistência dizia "Levaste tampa, ok. Então agora vamos mas é pedir que eu tenho mais que fazer e se é para ter a mesa ocupada convém que faça alguma despesa". Sempre adorei a forma de dizer as coisas sem as dizer:
"Deseja pedir?" - "Para estar nesta mesa deve fazer um consumo jeitoso"
"Vou ter que o convidar a sair" - "Põe-te la fora!"
ou ainda o sermos perseguidos dentro de lojas pelos empregados que a cada 5 passos nos perguntam se precisamos de ajuda. - "Estou de olho em ti para o caso de quereres deitar a mão a qq coisa..."
Em qualquer dos casos, mando-os dar uma volta. Mas desta feita, com todas as palavras.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário