É verdade. Lá fui. A mulherada da empresa organizou-se e rumou até ao Casino do Estoril.
Ao longo do espectáculo houve tanto barulho, gargalhadas nervosas e gritinhos vitorianos que por momentos me senti a assistir a um filme da Disney em versão portuguesa. E se pensam que a plateia se resumia a mulheres de meia idade, desenganem-se.
Não só estavam presentes jovens homensexuais, casais (no caso daquelas que não conseguiram inventar uma desculpa credível), como avós de ar respeitável. Algumas pessoas revelaram-se espantadas com o cariz homossexual da peça revelado nos primeiros minutos por palmadas vigorosas em rabos alheios.
Acho isso estranho! Nunca vi um homem rebentar em alegre cantoria, acompanhada de movimentos de anca sem ser em festas de paróquia munido de um órgão ou acordéon - ainda mais nus, depilados e com um tom de solário...
Mesmo sabendo que uma vagina representa o bicho papão, não posso deixar de gabar a bela figura dos actores/cantores, que diga-se de passagem foi o que garantiu que a sala estivesse cheia nessa noite.
Por momentos senti-me num bar de alterne, pagando pela companhia de belos jovens, pelo vislumbre dos seus corpos formosos e bem definidos - sem a parte da notinha na tanga, porque, claro está, a tanga nunca existiu - depois fui desperta com um grito entusiasmado da minha colega do lado na altura em que um dos actores arrancou o smoking que envergava, revelando a roupa interior de lantejoulas que se escondia por baixo.
"Afinal estou no Passerelle" - pensei - "sem a parte desagradável do óleo corporal e a roupa branca de merengue."
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Há flor na pele
Ai as tatuagens!
Longe vão os tempos em que quem tinha tatuagens eram os delinquentes, os combatentes de ultramar e os ex-presidiários. Nesse tempo quem tivesse coragem de fazer uma tatuagem era macho - ali com uma agulha e tinta da china.
Agora, até os membros do PP debaixo dos pólos cor-de-rozinha Ralf Lauren têm tribais e carpas Koi!
Não levem a mal, adoro tatuagens, há anos que sonho fazer uma mas tenho demasiado receio. Primeiro porque é até ao momento uma coisa definitiva e segundo porque tem de ser muito bem pensada, quer a tatuagem, quer o local onde colocá-la.
Todos conhecemos a cliché tribal na zona dos rins nas senhoras (também denominada de ho tag), toda a gente tem uma, TODA a gente, até pelo menos se começar a tornar repetida e repetida por demasiada gente.
O grande problema é que infelizmente as pessoas são como carneiros.
Não tenho dúvidas que a pessoa que teve a ideia original está mais que arrependida e já pensou por diversas vezes atirar-se ao rio por isso.
Outra coisa que me deixa perplexa é o conteúdo de algumas tatuagens - acredito que algumas delas tenham sido feitas com demasiada leveza de espírito durante grandes bebedeiras, porque não estou a ver um tipo de dois metros e largo como um armário de porta aberta a fazer de caso pensado um Noddy no bícep direito ou um anel de fogo à volta do umbigo.
Neste momento devem estar a perguntar-se se estou a falar de casos verídicos ou estou mais uma vez a utilizar o exagero como figura de estilo. E eu respondo que não, pois apesar de ter uma imaginação demasiado grande que por vezes se confunde com a realidade e ser por isso considerada como uma pessoa esquisita, os exemplos que costumo dar são do mais fidedigno que consigo arranjar.
Ai querem provas? Então cá vai:
Pois, não, não é a do Noddy, porque para vos conseguir dar provas teria que conseguir que o meu vizinho da frente se mantivesse mais tempo fronte à janela do quarto após a saída do banho e que a minha câmara fotográfica fosse profissional.
Agora digam-me: Quantos de vós já tinham reparado nas tatuagens panisgas que muitos mauzões têm para SEMPRE disponíveis para gozação alheia?
Qualquer dia vão-me dizer que numa das nádegas tem um gatinho branco desenhado ou que a simpática septuagenária por quem passo todas as manhãs na banca de jornais tem uma rosa vermelha e uma caveira no seio esquerdo...
É por estas e por outras que rezo com devoção para que nunca me encontre nas imediações de uma loja de tatuagens quando já esteja bebida, sob risco de na manhã seguinte acordar com uma tatuagem do super-homem no braço - e se há coisa que me assusta é poder vir a ter algum tipo de semelhança com o Bon Jovi...
Longe vão os tempos em que quem tinha tatuagens eram os delinquentes, os combatentes de ultramar e os ex-presidiários. Nesse tempo quem tivesse coragem de fazer uma tatuagem era macho - ali com uma agulha e tinta da china.
Agora, até os membros do PP debaixo dos pólos cor-de-rozinha Ralf Lauren têm tribais e carpas Koi!
Não levem a mal, adoro tatuagens, há anos que sonho fazer uma mas tenho demasiado receio. Primeiro porque é até ao momento uma coisa definitiva e segundo porque tem de ser muito bem pensada, quer a tatuagem, quer o local onde colocá-la.
Todos conhecemos a cliché tribal na zona dos rins nas senhoras (também denominada de ho tag), toda a gente tem uma, TODA a gente, até pelo menos se começar a tornar repetida e repetida por demasiada gente.
O grande problema é que infelizmente as pessoas são como carneiros.
Não tenho dúvidas que a pessoa que teve a ideia original está mais que arrependida e já pensou por diversas vezes atirar-se ao rio por isso.
Outra coisa que me deixa perplexa é o conteúdo de algumas tatuagens - acredito que algumas delas tenham sido feitas com demasiada leveza de espírito durante grandes bebedeiras, porque não estou a ver um tipo de dois metros e largo como um armário de porta aberta a fazer de caso pensado um Noddy no bícep direito ou um anel de fogo à volta do umbigo.
Neste momento devem estar a perguntar-se se estou a falar de casos verídicos ou estou mais uma vez a utilizar o exagero como figura de estilo. E eu respondo que não, pois apesar de ter uma imaginação demasiado grande que por vezes se confunde com a realidade e ser por isso considerada como uma pessoa esquisita, os exemplos que costumo dar são do mais fidedigno que consigo arranjar.
Ai querem provas? Então cá vai:
Pois, não, não é a do Noddy, porque para vos conseguir dar provas teria que conseguir que o meu vizinho da frente se mantivesse mais tempo fronte à janela do quarto após a saída do banho e que a minha câmara fotográfica fosse profissional.
Agora digam-me: Quantos de vós já tinham reparado nas tatuagens panisgas que muitos mauzões têm para SEMPRE disponíveis para gozação alheia?
Qualquer dia vão-me dizer que numa das nádegas tem um gatinho branco desenhado ou que a simpática septuagenária por quem passo todas as manhãs na banca de jornais tem uma rosa vermelha e uma caveira no seio esquerdo...
É por estas e por outras que rezo com devoção para que nunca me encontre nas imediações de uma loja de tatuagens quando já esteja bebida, sob risco de na manhã seguinte acordar com uma tatuagem do super-homem no braço - e se há coisa que me assusta é poder vir a ter algum tipo de semelhança com o Bon Jovi...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Cresce e Aparece
Sei que o trabalho tem sido o tópico dos últimos posts mas desta feita não vou falar do meu trabalho, vou falar do "trabalho" de alguns.
Que raio de trabalho é o aparecer? Pagam pessoas para aparecer! Eu, quando me olho ao espelho apareço sempre e não é por isso que alguém me acena com um molho de notas.
Pronto, assumo que não digo tfonia nem pcebe - mas isso é porque falo Português e nunca tive grande jeito para línguas tribais - e que o castanho torrado ou cor de laranja não são os meus tons de eleição para a tez.
E depois as pessoas que pagam para aparecer!
É de interesse mundial que uma pessoa que esteve fechada numa casa durante meses a...vá...existir, esteja numa festa para...em que...as pessoas se vestem de branco, é isso!
Porque uma festa em honra das pessoas que se vestem de branco é monumental em termos sociais, fa-los ver que não estão sozinhos, que nem só membros do clero, áfricános, chungas e cantores maus se veste TOTALMENTE de branco. Sejamos malucos e esqueçamos numa noite todo e qualquer standard de bom gosto.
Não estou a falar da festarola que se proporcionou no Pavilhão Atlântico com cavalonas aos saltos ao som de tecno, aí temos a variável luz negra e drogas, e toda a gente sabe que quando se mete qualquer coisa para dentro, as cores berrantes ganham todo um novo mundo de atractividade - pormenores também. Sou testemunha que um rodapé pode ser fascinante!
Agora que penso bem nisso, só mesmo o consumo de substâncias psicotrópicas explicaria este fenómeno, porque quando dou por mim a apreciar as singularidades das fitas isoladoras do tecto, não me importo minimamente de ter um louva-a-deus gigante sentado na poltrona à minha direita e do outro lado o Cláudio Ramos sentado ao colo do Carlos Castro (ou da Maya, nunca os consegui distinguir muito bem)...
Que raio de trabalho é o aparecer? Pagam pessoas para aparecer! Eu, quando me olho ao espelho apareço sempre e não é por isso que alguém me acena com um molho de notas.
Pronto, assumo que não digo tfonia nem pcebe - mas isso é porque falo Português e nunca tive grande jeito para línguas tribais - e que o castanho torrado ou cor de laranja não são os meus tons de eleição para a tez.
E depois as pessoas que pagam para aparecer!
É de interesse mundial que uma pessoa que esteve fechada numa casa durante meses a...vá...existir, esteja numa festa para...em que...as pessoas se vestem de branco, é isso!
Porque uma festa em honra das pessoas que se vestem de branco é monumental em termos sociais, fa-los ver que não estão sozinhos, que nem só membros do clero, áfricános, chungas e cantores maus se veste TOTALMENTE de branco. Sejamos malucos e esqueçamos numa noite todo e qualquer standard de bom gosto.
Não estou a falar da festarola que se proporcionou no Pavilhão Atlântico com cavalonas aos saltos ao som de tecno, aí temos a variável luz negra e drogas, e toda a gente sabe que quando se mete qualquer coisa para dentro, as cores berrantes ganham todo um novo mundo de atractividade - pormenores também. Sou testemunha que um rodapé pode ser fascinante!
Agora que penso bem nisso, só mesmo o consumo de substâncias psicotrópicas explicaria este fenómeno, porque quando dou por mim a apreciar as singularidades das fitas isoladoras do tecto, não me importo minimamente de ter um louva-a-deus gigante sentado na poltrona à minha direita e do outro lado o Cláudio Ramos sentado ao colo do Carlos Castro (ou da Maya, nunca os consegui distinguir muito bem)...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Differently
Sabem aquelas músicas que ouvimos por acaso num sítio qualquer e levamos dias inteiros a catarolar uma frase - porque foi a única que apanhamos - e depois levamos meses a tentar encontrar na net e nada, e sem mais nem quê, um belo dia encontramo-la por acaso no youtube? Esta foi a que mais luta deu.
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