quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Festividades

Tenho asco ao Natal. Não necessariamente pela fantochada do nascimento do salvador e por aí fora. Estamos a comemorar uma história que qualquer pessoa com dois dedos de testa vê que é tanga. Engravidei por obra divina- essa ainda nos dias que correm é usada mas já não cola…

Não tenho nada contra uns diazitos de férias e quanto ao repasto também não me oponho. Até gosto de festas. Está certo que preferia não ter de passar tanto tempo seguido com a minha família toda e que chamar strippers para se roçarem em nós durante o jantar não ficava assim tão bem visto como isso.

O que me chateia mesmo é a concepção social de que nesta altura devemos ser amiguinhos uns dos outros e preocupar-nos com os pobrezinhos e com as criancinhas. Em todo o lado já brotam banquinhas com peditórios para isto e para aquilo. Só nesta altura é que estas pessoas têm necessidades?!?

Passear na Rua Augusta faz-me lembrar uma cena do Aeroplano em que o actor era interpelado por n pessoas pedindo dinheiro para as coisas mais ridículas até que por fim ele começa a distribuir sopapos para se conseguir movimentar. O sentimento é o mesmo.

E os centros comerciais cheios de gente que se arrasta, com sacos por todo o lado, bloqueando a passagem,o mau humor latente quando já falta a paciência? Maravilhoso, não é?

Outra coisa são as prendas…Temos que dar prendas nesta altura porque sim…porque é suposto…tem que se retribuir porque nos foi dada uma…pessoas que eu sou capaz de não ver durante um ano inteiro mandam-me coisas para o enxoval, umas peúgas, uma embalagem de cuecas…

Vamos lá ver:

1º Se eu quiser dar uma prenda dou quando me apetecer.

2º Não deveriam dar uma prenda na esperança de receber outra em troca.

3º Se não me dou com uma pessoa, porque lhe ei de dar prendas?

4º Enxoval….peúgas…cuecas…Quando preciso de uma coisa, compro. Ao meu gosto. O que se passa é que acabo por ter lá por casa coisas tão ofensivas que se acumulam nos meus armários sem que venham a ver mais a luz do dia. Este é o tipo de prendas que se enquadra no grupo “não conheço esta pessoa minimamente para saber o que lhe vou dar”.

Todos os anos é a mesma coisa, o mesmo sentimento mas depois olho para um prato cheio de azevias e qual criança, esqueço-me de tudo…Até ao próximo!

Um comentário:

tiagugrilu disse...

costumo chamar ao enxoval, enxovalho. acho mais apropriado.