Os livros da moda.
Recuso-me a lê-los, a ser mais uma no rebanho.
Recuso-me porque os livros da moda, basta que estejam no top de quem quer que seja a ameba que o concebe, são, na sua maioria lixo sem qualquer qualidade literária, modas, sucessos de propaganda, livros de auto-ajuda com palavras mais elaboradas e capas mais poéticas.
As ofertas de um qualquer livro aleatório de top, como se tratasse de uma prenda apreciada por defeito, como Ferreros Rocher no Natal, prova um desconhecimento dos gostos da pessoa, como o conteúdo do livro ofertado - um pack de cuecas brancas de
algodão seria menos ofensivo!
A sério, preferia saber mil e uma maneira de fazer escultura com batatas ou receber um livro técnico sobre o parafuso industrial do que ler o último do Nicholas Sparks - são escolhas, mas sempre fui mais virada para as coisas práticas do que para os romances hiperglicémicos...
Provavelmente estão a ver qual a série de livros da moda que provocaram a escrita destas palavras. Vá lá, não é difícil...Não, não estou a falar do Caim do Saramago, que diga-se de passagem, toda a publicidade que lhe é feita é, a meu ver merecida mais do que qualquer romancezeco de cordel.
Estou a falar dos vampiros, meus! E não dedico as palavras acima aos livros mas sim à febre que daí se gerou.
É compreensível que as teens se derretam todas com um miúdo que mesmo sendo de vampiro, por amor passa fominha e que apesar disso não cobiça com os seus olhos meigos o pescoço de outra jovens.
É o maldito romance que nos é incutido ao longo de anos de juventude e infância para mais tarde desintegra quando descobrirmos a montanha de porno com roedores que o nosso mais que tudo guarda numa pasta escondida.
Culpo a Disney, mentirosos de uma figa!
TODOS os homens têm porno, olham para um decote que passe por eles e fantasiam com outras mulheres. Chocadas? Desiludidas talvez...Culpem a bela adormecida, a gata borralheira e o capuchinho vermelho - ou pensavam que aquela cena do lobo mau não era uma alegoria?
Isso! Façam mais novelas em que os maus são castigados e os bonzinhos que até metem nojo são felizes para sempre - porque sim, porque todos têm empregados, andam sempre bem vestidos e só fazem o amor debaixo dos lençóis com banda sonora de saxofones lânguidos e onde não há doenças venéreas, porque apesar do herói da história ter andado enrolado com mais de metade das personagens femininas, que manipuladoramente o levavam para a cama ou outra peça de mobiliário com recurso a coisas para dormir, no fim volta para a sua amada e têm um rebanho de filhos saudáveis e não seropositivos, porque isso seria real!
Mas estou eu a falar de realidade quando a maior sensação que por aí anda gira à volta de vampiros que se abstêm de comer - são todos anorécticos, portanto! tststs...
Que glamour pode ter uma existência que passa por saques a bancos de sangue - porque a quantidade de restos de refeições seria uma montanha de presuntos que daria
um bocado nas vistas - e apesar da aparência emo, qualquer tentativa de se cortarem seria um mega fail...
E musiquinha, também fazem? Não? Mas estes sim.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Rapazes nus - o rescaldo
É verdade. Lá fui. A mulherada da empresa organizou-se e rumou até ao Casino do Estoril.
Ao longo do espectáculo houve tanto barulho, gargalhadas nervosas e gritinhos vitorianos que por momentos me senti a assistir a um filme da Disney em versão portuguesa. E se pensam que a plateia se resumia a mulheres de meia idade, desenganem-se.
Não só estavam presentes jovens homensexuais, casais (no caso daquelas que não conseguiram inventar uma desculpa credível), como avós de ar respeitável. Algumas pessoas revelaram-se espantadas com o cariz homossexual da peça revelado nos primeiros minutos por palmadas vigorosas em rabos alheios.
Acho isso estranho! Nunca vi um homem rebentar em alegre cantoria, acompanhada de movimentos de anca sem ser em festas de paróquia munido de um órgão ou acordéon - ainda mais nus, depilados e com um tom de solário...
Mesmo sabendo que uma vagina representa o bicho papão, não posso deixar de gabar a bela figura dos actores/cantores, que diga-se de passagem foi o que garantiu que a sala estivesse cheia nessa noite.
Por momentos senti-me num bar de alterne, pagando pela companhia de belos jovens, pelo vislumbre dos seus corpos formosos e bem definidos - sem a parte da notinha na tanga, porque, claro está, a tanga nunca existiu - depois fui desperta com um grito entusiasmado da minha colega do lado na altura em que um dos actores arrancou o smoking que envergava, revelando a roupa interior de lantejoulas que se escondia por baixo.
"Afinal estou no Passerelle" - pensei - "sem a parte desagradável do óleo corporal e a roupa branca de merengue."
Ao longo do espectáculo houve tanto barulho, gargalhadas nervosas e gritinhos vitorianos que por momentos me senti a assistir a um filme da Disney em versão portuguesa. E se pensam que a plateia se resumia a mulheres de meia idade, desenganem-se.
Não só estavam presentes jovens homensexuais, casais (no caso daquelas que não conseguiram inventar uma desculpa credível), como avós de ar respeitável. Algumas pessoas revelaram-se espantadas com o cariz homossexual da peça revelado nos primeiros minutos por palmadas vigorosas em rabos alheios.
Acho isso estranho! Nunca vi um homem rebentar em alegre cantoria, acompanhada de movimentos de anca sem ser em festas de paróquia munido de um órgão ou acordéon - ainda mais nus, depilados e com um tom de solário...
Mesmo sabendo que uma vagina representa o bicho papão, não posso deixar de gabar a bela figura dos actores/cantores, que diga-se de passagem foi o que garantiu que a sala estivesse cheia nessa noite.
Por momentos senti-me num bar de alterne, pagando pela companhia de belos jovens, pelo vislumbre dos seus corpos formosos e bem definidos - sem a parte da notinha na tanga, porque, claro está, a tanga nunca existiu - depois fui desperta com um grito entusiasmado da minha colega do lado na altura em que um dos actores arrancou o smoking que envergava, revelando a roupa interior de lantejoulas que se escondia por baixo.
"Afinal estou no Passerelle" - pensei - "sem a parte desagradável do óleo corporal e a roupa branca de merengue."
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Há flor na pele
Ai as tatuagens!
Longe vão os tempos em que quem tinha tatuagens eram os delinquentes, os combatentes de ultramar e os ex-presidiários. Nesse tempo quem tivesse coragem de fazer uma tatuagem era macho - ali com uma agulha e tinta da china.
Agora, até os membros do PP debaixo dos pólos cor-de-rozinha Ralf Lauren têm tribais e carpas Koi!
Não levem a mal, adoro tatuagens, há anos que sonho fazer uma mas tenho demasiado receio. Primeiro porque é até ao momento uma coisa definitiva e segundo porque tem de ser muito bem pensada, quer a tatuagem, quer o local onde colocá-la.
Todos conhecemos a cliché tribal na zona dos rins nas senhoras (também denominada de ho tag), toda a gente tem uma, TODA a gente, até pelo menos se começar a tornar repetida e repetida por demasiada gente.
O grande problema é que infelizmente as pessoas são como carneiros.
Não tenho dúvidas que a pessoa que teve a ideia original está mais que arrependida e já pensou por diversas vezes atirar-se ao rio por isso.
Outra coisa que me deixa perplexa é o conteúdo de algumas tatuagens - acredito que algumas delas tenham sido feitas com demasiada leveza de espírito durante grandes bebedeiras, porque não estou a ver um tipo de dois metros e largo como um armário de porta aberta a fazer de caso pensado um Noddy no bícep direito ou um anel de fogo à volta do umbigo.
Neste momento devem estar a perguntar-se se estou a falar de casos verídicos ou estou mais uma vez a utilizar o exagero como figura de estilo. E eu respondo que não, pois apesar de ter uma imaginação demasiado grande que por vezes se confunde com a realidade e ser por isso considerada como uma pessoa esquisita, os exemplos que costumo dar são do mais fidedigno que consigo arranjar.
Ai querem provas? Então cá vai:
Pois, não, não é a do Noddy, porque para vos conseguir dar provas teria que conseguir que o meu vizinho da frente se mantivesse mais tempo fronte à janela do quarto após a saída do banho e que a minha câmara fotográfica fosse profissional.
Agora digam-me: Quantos de vós já tinham reparado nas tatuagens panisgas que muitos mauzões têm para SEMPRE disponíveis para gozação alheia?
Qualquer dia vão-me dizer que numa das nádegas tem um gatinho branco desenhado ou que a simpática septuagenária por quem passo todas as manhãs na banca de jornais tem uma rosa vermelha e uma caveira no seio esquerdo...
É por estas e por outras que rezo com devoção para que nunca me encontre nas imediações de uma loja de tatuagens quando já esteja bebida, sob risco de na manhã seguinte acordar com uma tatuagem do super-homem no braço - e se há coisa que me assusta é poder vir a ter algum tipo de semelhança com o Bon Jovi...
Longe vão os tempos em que quem tinha tatuagens eram os delinquentes, os combatentes de ultramar e os ex-presidiários. Nesse tempo quem tivesse coragem de fazer uma tatuagem era macho - ali com uma agulha e tinta da china.
Agora, até os membros do PP debaixo dos pólos cor-de-rozinha Ralf Lauren têm tribais e carpas Koi!
Não levem a mal, adoro tatuagens, há anos que sonho fazer uma mas tenho demasiado receio. Primeiro porque é até ao momento uma coisa definitiva e segundo porque tem de ser muito bem pensada, quer a tatuagem, quer o local onde colocá-la.
Todos conhecemos a cliché tribal na zona dos rins nas senhoras (também denominada de ho tag), toda a gente tem uma, TODA a gente, até pelo menos se começar a tornar repetida e repetida por demasiada gente.
O grande problema é que infelizmente as pessoas são como carneiros.
Não tenho dúvidas que a pessoa que teve a ideia original está mais que arrependida e já pensou por diversas vezes atirar-se ao rio por isso.
Outra coisa que me deixa perplexa é o conteúdo de algumas tatuagens - acredito que algumas delas tenham sido feitas com demasiada leveza de espírito durante grandes bebedeiras, porque não estou a ver um tipo de dois metros e largo como um armário de porta aberta a fazer de caso pensado um Noddy no bícep direito ou um anel de fogo à volta do umbigo.
Neste momento devem estar a perguntar-se se estou a falar de casos verídicos ou estou mais uma vez a utilizar o exagero como figura de estilo. E eu respondo que não, pois apesar de ter uma imaginação demasiado grande que por vezes se confunde com a realidade e ser por isso considerada como uma pessoa esquisita, os exemplos que costumo dar são do mais fidedigno que consigo arranjar.
Ai querem provas? Então cá vai:
Pois, não, não é a do Noddy, porque para vos conseguir dar provas teria que conseguir que o meu vizinho da frente se mantivesse mais tempo fronte à janela do quarto após a saída do banho e que a minha câmara fotográfica fosse profissional.
Agora digam-me: Quantos de vós já tinham reparado nas tatuagens panisgas que muitos mauzões têm para SEMPRE disponíveis para gozação alheia?
Qualquer dia vão-me dizer que numa das nádegas tem um gatinho branco desenhado ou que a simpática septuagenária por quem passo todas as manhãs na banca de jornais tem uma rosa vermelha e uma caveira no seio esquerdo...
É por estas e por outras que rezo com devoção para que nunca me encontre nas imediações de uma loja de tatuagens quando já esteja bebida, sob risco de na manhã seguinte acordar com uma tatuagem do super-homem no braço - e se há coisa que me assusta é poder vir a ter algum tipo de semelhança com o Bon Jovi...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Cresce e Aparece
Sei que o trabalho tem sido o tópico dos últimos posts mas desta feita não vou falar do meu trabalho, vou falar do "trabalho" de alguns.
Que raio de trabalho é o aparecer? Pagam pessoas para aparecer! Eu, quando me olho ao espelho apareço sempre e não é por isso que alguém me acena com um molho de notas.
Pronto, assumo que não digo tfonia nem pcebe - mas isso é porque falo Português e nunca tive grande jeito para línguas tribais - e que o castanho torrado ou cor de laranja não são os meus tons de eleição para a tez.
E depois as pessoas que pagam para aparecer!
É de interesse mundial que uma pessoa que esteve fechada numa casa durante meses a...vá...existir, esteja numa festa para...em que...as pessoas se vestem de branco, é isso!
Porque uma festa em honra das pessoas que se vestem de branco é monumental em termos sociais, fa-los ver que não estão sozinhos, que nem só membros do clero, áfricános, chungas e cantores maus se veste TOTALMENTE de branco. Sejamos malucos e esqueçamos numa noite todo e qualquer standard de bom gosto.
Não estou a falar da festarola que se proporcionou no Pavilhão Atlântico com cavalonas aos saltos ao som de tecno, aí temos a variável luz negra e drogas, e toda a gente sabe que quando se mete qualquer coisa para dentro, as cores berrantes ganham todo um novo mundo de atractividade - pormenores também. Sou testemunha que um rodapé pode ser fascinante!
Agora que penso bem nisso, só mesmo o consumo de substâncias psicotrópicas explicaria este fenómeno, porque quando dou por mim a apreciar as singularidades das fitas isoladoras do tecto, não me importo minimamente de ter um louva-a-deus gigante sentado na poltrona à minha direita e do outro lado o Cláudio Ramos sentado ao colo do Carlos Castro (ou da Maya, nunca os consegui distinguir muito bem)...
Que raio de trabalho é o aparecer? Pagam pessoas para aparecer! Eu, quando me olho ao espelho apareço sempre e não é por isso que alguém me acena com um molho de notas.
Pronto, assumo que não digo tfonia nem pcebe - mas isso é porque falo Português e nunca tive grande jeito para línguas tribais - e que o castanho torrado ou cor de laranja não são os meus tons de eleição para a tez.
E depois as pessoas que pagam para aparecer!
É de interesse mundial que uma pessoa que esteve fechada numa casa durante meses a...vá...existir, esteja numa festa para...em que...as pessoas se vestem de branco, é isso!
Porque uma festa em honra das pessoas que se vestem de branco é monumental em termos sociais, fa-los ver que não estão sozinhos, que nem só membros do clero, áfricános, chungas e cantores maus se veste TOTALMENTE de branco. Sejamos malucos e esqueçamos numa noite todo e qualquer standard de bom gosto.
Não estou a falar da festarola que se proporcionou no Pavilhão Atlântico com cavalonas aos saltos ao som de tecno, aí temos a variável luz negra e drogas, e toda a gente sabe que quando se mete qualquer coisa para dentro, as cores berrantes ganham todo um novo mundo de atractividade - pormenores também. Sou testemunha que um rodapé pode ser fascinante!
Agora que penso bem nisso, só mesmo o consumo de substâncias psicotrópicas explicaria este fenómeno, porque quando dou por mim a apreciar as singularidades das fitas isoladoras do tecto, não me importo minimamente de ter um louva-a-deus gigante sentado na poltrona à minha direita e do outro lado o Cláudio Ramos sentado ao colo do Carlos Castro (ou da Maya, nunca os consegui distinguir muito bem)...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Differently
Sabem aquelas músicas que ouvimos por acaso num sítio qualquer e levamos dias inteiros a catarolar uma frase - porque foi a única que apanhamos - e depois levamos meses a tentar encontrar na net e nada, e sem mais nem quê, um belo dia encontramo-la por acaso no youtube? Esta foi a que mais luta deu.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Canta-me histórias
Este fim de semana tive um jantar de aniversário num restaurante com música ao vivo.
O conceito até pode parecer agradável mas quando temos que gritar para as pessoas que se sentam ao pé de nós para sermos ouvidos, a questão toma outra figura. E quando associado ao volume estupidamente alto associamos uma selecção musical onde constam hits dos Boyzone, Daniela Mercury, Paulo Gonzo e André Sardet, os diversos objectos aguçados que se encontrem sobre a mesa começam a tornar-se apetecíveis para arremessamento.
Decorrente desta situação temos um fenómeno que me é muito familiar e se caracteriza pela cessação do ruído enquanto ainda estamos aos berros, deixando toda a gente ouvir uma frase descontextualizada que dizemos imediatamente antes de toda a gente ficar a olhar para nós escandalizada.
De entre as frases míticas proferidas por mim nestas situações temos as seguintes:
Ao lado de uma família de pretos - "...a filha da puta era preta mas mesmo PRETA!"
Num restaurante - "meteu-lha toda até ao cotovelo..."
And last but not the least - "...pila grande cheia de veias..."
Não confirmo nem desminto a correcção da interpretação feita.
O conceito até pode parecer agradável mas quando temos que gritar para as pessoas que se sentam ao pé de nós para sermos ouvidos, a questão toma outra figura. E quando associado ao volume estupidamente alto associamos uma selecção musical onde constam hits dos Boyzone, Daniela Mercury, Paulo Gonzo e André Sardet, os diversos objectos aguçados que se encontrem sobre a mesa começam a tornar-se apetecíveis para arremessamento.
Decorrente desta situação temos um fenómeno que me é muito familiar e se caracteriza pela cessação do ruído enquanto ainda estamos aos berros, deixando toda a gente ouvir uma frase descontextualizada que dizemos imediatamente antes de toda a gente ficar a olhar para nós escandalizada.
De entre as frases míticas proferidas por mim nestas situações temos as seguintes:
Ao lado de uma família de pretos - "...a filha da puta era preta mas mesmo PRETA!"
Num restaurante - "meteu-lha toda até ao cotovelo..."
And last but not the least - "...pila grande cheia de veias..."
Não confirmo nem desminto a correcção da interpretação feita.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Défice de atenção
Ontem estive a ver o jogo do meu Benfica e cheguei ao final com um grande buraco negro na minha cabeça. Depois apercebi-me que de há uns tempos para cá não tenho conseguido seguir os jogos das águias.
A razão poderá ou não estar relacionada com isto:
É o que dá ser demasiado atenta ao pormenor...Sabem o quão complicado é tentar ouvir uma pessoa com espinafres entre os dentes da frente ou uma borbulha cheia de nhanha na ponta do nariz? Pois!
Não sei se é superstição, se o Maxi está a tentar fazer concorrência ao aspecto do Coentrão, ou então já alguém lhe dizia que aquela verruga não vai bem com vermelho - nem com nada.
Vejam lá isso, e de caminho, dêem uma tosquiada ao David Luiz, boa?
A razão poderá ou não estar relacionada com isto:
É o que dá ser demasiado atenta ao pormenor...Sabem o quão complicado é tentar ouvir uma pessoa com espinafres entre os dentes da frente ou uma borbulha cheia de nhanha na ponta do nariz? Pois!
Não sei se é superstição, se o Maxi está a tentar fazer concorrência ao aspecto do Coentrão, ou então já alguém lhe dizia que aquela verruga não vai bem com vermelho - nem com nada.
Vejam lá isso, e de caminho, dêem uma tosquiada ao David Luiz, boa?
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Desculpas...
Não sei quanto as vocês, mas acho isto
uma desculpa muito fraquinha para ir ver homens adultos a abanar os berloques.
Parece que estou a ouvir a conversa:
"Amor, vou ver um musical. Só comprei bilhetes para mim, a Maria e a Carla porque sei que não gostas..."
"Ya, pensaste bem. Nem atado me apanhavas numa cena dessas."
(A conversa continuaria por caminhos que se distanciam do ponto de vista defendido, passando pela alusão ao jantar no forno, um pedido de uma mini e um "mas tu pensas que sou tua criada", concluído com um bater da porta da rua. Por este motivo optou-se por não se continuar a teatralização da mesma.)
Epá, agora senti-me por momentos Eça. Não se preocupem que já passou, optei por manter só o bigode encaracolado nas pontas, visto que planeio ir a uma concentração da confraria dos bigodes no mês que vem e diz que lá fazem umas alheiras de caça que são daqui, mais ou menos para cima.
Com isto já estou a divagar - como de costume...
Dizia eu que acho uma desculpa muito esfarrapada, tal como o pessoal que refere as entrevistas na Playboy como um dos atractivos que a distinguem das restantes do seu género...
Eu diria que a partir do momento em que a FHM achou que seria boa ideia pôr a Maya na capa e nas páginas centrais em poses de franguinho assado, que passou a ser socialmente aceite dizer que se compra a Playboy pelas gajas (mesmo que haja um artigo fabuloso sobre o Ultimate Aero Twin Turbo e as suas façanhas).
Confesso que a última vez que vi um tipo nu em palco, a experiência não foi tão prazeiroza como esperaria dada a proximidade com que vasta pilosidade traseira do actor passou da minha cara. Mesmo assim, tenciono dar lá um pulinho só para confirmar que não estou a ser injusta no meu julgamento e porque defendo vivamente que só posso dizer mal depois de saber do que se trata. Razão pela qual li um livro do Nicholas Sparks e da Margarida Rebelo Pinto, em ambos os casos confirmei as minhas suspeitas entre cólicas renais - but hey, fool me once...
uma desculpa muito fraquinha para ir ver homens adultos a abanar os berloques.
Parece que estou a ouvir a conversa:
"Amor, vou ver um musical. Só comprei bilhetes para mim, a Maria e a Carla porque sei que não gostas..."
"Ya, pensaste bem. Nem atado me apanhavas numa cena dessas."
(A conversa continuaria por caminhos que se distanciam do ponto de vista defendido, passando pela alusão ao jantar no forno, um pedido de uma mini e um "mas tu pensas que sou tua criada", concluído com um bater da porta da rua. Por este motivo optou-se por não se continuar a teatralização da mesma.)
Epá, agora senti-me por momentos Eça. Não se preocupem que já passou, optei por manter só o bigode encaracolado nas pontas, visto que planeio ir a uma concentração da confraria dos bigodes no mês que vem e diz que lá fazem umas alheiras de caça que são daqui, mais ou menos para cima.
Com isto já estou a divagar - como de costume...
Dizia eu que acho uma desculpa muito esfarrapada, tal como o pessoal que refere as entrevistas na Playboy como um dos atractivos que a distinguem das restantes do seu género...
Eu diria que a partir do momento em que a FHM achou que seria boa ideia pôr a Maya na capa e nas páginas centrais em poses de franguinho assado, que passou a ser socialmente aceite dizer que se compra a Playboy pelas gajas (mesmo que haja um artigo fabuloso sobre o Ultimate Aero Twin Turbo e as suas façanhas).
Confesso que a última vez que vi um tipo nu em palco, a experiência não foi tão prazeiroza como esperaria dada a proximidade com que vasta pilosidade traseira do actor passou da minha cara. Mesmo assim, tenciono dar lá um pulinho só para confirmar que não estou a ser injusta no meu julgamento e porque defendo vivamente que só posso dizer mal depois de saber do que se trata. Razão pela qual li um livro do Nicholas Sparks e da Margarida Rebelo Pinto, em ambos os casos confirmei as minhas suspeitas entre cólicas renais - but hey, fool me once...
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Efémero
Esta e outras têm-me feito companhia nos dias que têm passado.
Como é possível que uma pessoa que criou coisas destas se tenha perdido numa tarde de calor num refrescante banho de rio?
Não consigo deixar de ter este sentimento de desperdicio estúpido.
Ficaram-nos as músicas que para mim serão sempre um misto de fascínio e consternação...
Como é possível que uma pessoa que criou coisas destas se tenha perdido numa tarde de calor num refrescante banho de rio?
Não consigo deixar de ter este sentimento de desperdicio estúpido.
Ficaram-nos as músicas que para mim serão sempre um misto de fascínio e consternação...
terça-feira, 1 de setembro de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Sucky, sucky? Ten dolla
Sou só eu que acho que os Callippo são um guilty pleasure para os homens?
Digo isto porque ontem à hora do almoço vi um adulto do sexo masculino a comer um e constatei que foi, talvez um evento inédito.
Não acredito que haja uma dada altura na vida em que os homens deixam simplesmente de gostar desse gelado - tipo, brincar com carrinhos é de puto.
No feminino, o consumo deste gelado é até incentivado e chega a ser considerado sexy.
No caso dos homens, a única forma digna de comer este refrescante prazer é à dentada - porque homem que é Homem, não sofre de sensibilidade dentária, nem tem brain freezes, que essas cenas são para panisgas...
Não se coíbam, da mesma forma que não me coíbo de usar uma t-shirt com o slogan "leite é juventude" estampado no peito.
E perguntam vocês em primeiro lugar como raio arranjei eu uma t-shirt com esta ode à imaginação.
E eu respondo, era miúda, estava aborrecida na praia, haviam actividades e eu aparentemente era a melhor dançarina da Macarena a participar (o já lendário movimento de anca, em algumas situações inebriante, noutras deveras doloroso.
Devo acrescentar que cheguei a usa-la algumas vezes, nas primeiras vezes fui gozada, nas vezes seguintes, passei a encontrar-me estranhamente rodeada de gajos - há que acrescentar que entre utilizações, o factor alterado foi o meu número de copa. Coincidência?
Talvez...
Como esse tipo de coisas não são para mim, pus a t-shirt de lado, passei a usar uma coquilha debaixo das calças, deixei de fazer o bigode e passei a vestir-me de marujo, chegando à imagem que hoje tão bem me caracteriza.
Devo dizer que hoje em dia sou bastante mais feliz, como o ganda maluco que bebe vinho como se não houvesse amanhã, arrota que nem um porco e que é mestre em piadas de "mau gosto", em vez da gaja do "leite é juventude".
Porque a quantidade de palavras que nos descrevem são tudo, e nesse caso, tenho agora 19 palavras mais de personalidade.Talk about upgrade!
Agora a moral da história: comam os Callippos que queiram, mantenham-se é afastados dos Mini Milk
Digo isto porque ontem à hora do almoço vi um adulto do sexo masculino a comer um e constatei que foi, talvez um evento inédito.
Não acredito que haja uma dada altura na vida em que os homens deixam simplesmente de gostar desse gelado - tipo, brincar com carrinhos é de puto.
No feminino, o consumo deste gelado é até incentivado e chega a ser considerado sexy.
No caso dos homens, a única forma digna de comer este refrescante prazer é à dentada - porque homem que é Homem, não sofre de sensibilidade dentária, nem tem brain freezes, que essas cenas são para panisgas...
Não se coíbam, da mesma forma que não me coíbo de usar uma t-shirt com o slogan "leite é juventude" estampado no peito.
E perguntam vocês em primeiro lugar como raio arranjei eu uma t-shirt com esta ode à imaginação.
E eu respondo, era miúda, estava aborrecida na praia, haviam actividades e eu aparentemente era a melhor dançarina da Macarena a participar (o já lendário movimento de anca, em algumas situações inebriante, noutras deveras doloroso.
Devo acrescentar que cheguei a usa-la algumas vezes, nas primeiras vezes fui gozada, nas vezes seguintes, passei a encontrar-me estranhamente rodeada de gajos - há que acrescentar que entre utilizações, o factor alterado foi o meu número de copa. Coincidência?
Talvez...
Como esse tipo de coisas não são para mim, pus a t-shirt de lado, passei a usar uma coquilha debaixo das calças, deixei de fazer o bigode e passei a vestir-me de marujo, chegando à imagem que hoje tão bem me caracteriza.
Devo dizer que hoje em dia sou bastante mais feliz, como o ganda maluco que bebe vinho como se não houvesse amanhã, arrota que nem um porco e que é mestre em piadas de "mau gosto", em vez da gaja do "leite é juventude".
Porque a quantidade de palavras que nos descrevem são tudo, e nesse caso, tenho agora 19 palavras mais de personalidade.Talk about upgrade!
Agora a moral da história: comam os Callippos que queiram, mantenham-se é afastados dos Mini Milk
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Mate
Quando dizia às pessoas que ia viajar para a Escócia, ficava tudo alarmado com a gripe suína. Quando lá cheguei, não percebi o que queria dizer, pois se houve coisa que por lá vi, foi mesmo muita saúde. Arrisco até a dizer que a avaliar pelos Ingleses, toda a beleza da Grã-Bretanha se condensa no país mais a norte.
Santinho
De quando em quando lá surge uma doença que é combustível para os telejornais durante meses.
Lá porque não têm andado a cair tantos aviões como desejariam, nem têm mais histórias da casa pia para preencher uma hora de jornal, vamos contar os infectados.
"200 casos em Portugal..."
Epá, então querem lá ver...
Portanto, desde que esta onda de gripes começou, já foram infectadas 200 pessoas em Portugal, mas os primeiros casos ainda estão engripados? Morreram?
Não, porque "pela graça do Senhor" ainda não tivemos essa infelicidade (a minha avó odeia missas mas fica bem usar expressões destas de quando em vez).
Então, o que lhes aconteceu? Curaram-se? Então e não diziam nada? Grande lapso! Ou então é porque não interessa - mas é uma das duas hipóteses!
Porque não tinha o mesmo impacto dizer que actualmente estavam 10 pessoas de molho por causa do malvado do N1H1.
É A PORRA DE UMA GRIPE!
Esses senhores mereciam ser pendurados pela pele.
Graças ao pânico lançado, o meu local de trabalho está cheio de desinfectantes e papeis com avisos de como evitar a "pandemia".
E uma pessoa que tenha o azar de apanhar um vírus convencional? Será desprezado e entaipado em casa pelos vizinhos temendo contágio?
Se é assim, porque não tomam medidas como deve ser?
Não se esqueçam que as campanhas eleitorais estão a começar - eu, pelo sim, pelo não, proibia o Paulo Portas de se aproximar de feiras, mercados, lares e creches nos próximos tempos...
Lá porque não têm andado a cair tantos aviões como desejariam, nem têm mais histórias da casa pia para preencher uma hora de jornal, vamos contar os infectados.
"200 casos em Portugal..."
Epá, então querem lá ver...
Portanto, desde que esta onda de gripes começou, já foram infectadas 200 pessoas em Portugal, mas os primeiros casos ainda estão engripados? Morreram?
Não, porque "pela graça do Senhor" ainda não tivemos essa infelicidade (a minha avó odeia missas mas fica bem usar expressões destas de quando em vez).
Então, o que lhes aconteceu? Curaram-se? Então e não diziam nada? Grande lapso! Ou então é porque não interessa - mas é uma das duas hipóteses!
Porque não tinha o mesmo impacto dizer que actualmente estavam 10 pessoas de molho por causa do malvado do N1H1.
É A PORRA DE UMA GRIPE!
Esses senhores mereciam ser pendurados pela pele.
Graças ao pânico lançado, o meu local de trabalho está cheio de desinfectantes e papeis com avisos de como evitar a "pandemia".
E uma pessoa que tenha o azar de apanhar um vírus convencional? Será desprezado e entaipado em casa pelos vizinhos temendo contágio?
Se é assim, porque não tomam medidas como deve ser?
Não se esqueçam que as campanhas eleitorais estão a começar - eu, pelo sim, pelo não, proibia o Paulo Portas de se aproximar de feiras, mercados, lares e creches nos próximos tempos...
segunda-feira, 13 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Playing the angel
terça-feira, 7 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Sem tempo para me coçar...
...mas não se acanhem, tragam a grade de minis e podem mandar piropos às gajas da minha varanda. Não se esqueçam é depois de trancar a porta.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Algo simples
Há uns tempitos atrás disse que gostava de fado.
Isso não faz de mim uma bairrista de mão à cinta e canasta à cabeça, nem amante de touradas, muito menos proveniente de uma família da com um monte no Ribatejo.
Foi com base neste conceito, que admito ultrapassado, que se apoiaram alguns músicos da nossa praça para pegarem na obra da Senhora Amália e fizeram adaptações de algumas canções.
Não tenho nada contra, embora ache que quando os músicos se viram para este tipo de trabalhos, normalmente estão um pouco postos na prateleira a ganhar pó e sem veia criativa pulsante para a criação de coisas novas.
O projecto Humanos foi muitíssimo bem sucedido neste sentido, o mesmo já não posso dizer deste caso muito em particular.
Não vou generalizar, porque só ouvi a adaptação do tema "Gaivota" - que os mais atentos se devem lembrar como sendo a minha música favorita da vasta carreira da diva.
Assim sendo, sinto-me pessoalmente agredida sempre que tenho o desprazer de ouvir a vocalista dos "The Gift" vomitando sílabas de tão belos versos.
Uso a expressão vomitar porque, para além da voz de bagaço característica, o ritmo utilizado é penoso, em golfadas de insuportável ruído para os meus tímpanos sensíveis.
Não sei também destrinçar o motivo que os levou a pensar que omitir parte da letra contribuiria para adicionar algum tipo de valor à versão.
Mas se calhar sou eu que tenho esta música em demasiada consideração e tome como um ataque pessoal.
Provavelmente, se tivesse entre as minhas músicas de eleição a música "Pó de arroz" do Carlos Paião, sentiria um incontrolável desejo de abater a tiro o Tiago Bettencourt na mata onde se encontrava empedrenido na altura em que gravou a sua versão, ao invés de querer simplesmente agredi-lo com uma pá - provavelmente.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Latão, chapa amarela
Pois é, já cá estou eu de volta.
Quando cheguei a primeira frase que saiu da boca da minha progenitora não foi de apreço, não foi de saudade, foi qualquer coisa do género:
"Nem parece que estiveste na praia! Estás com esse ar de drogada na mesma. Metes nojo!"
Pronto, podem não ter sido estas as palavras exactas, mas foi mais ou menos esta a ideia.
Podem até pensar que este tom de pele me incomoda.
De facto não.
Este tom amarelo foi cuidadosamente produzido graças à pouca exposição solar ao longo dos últimos anos. Não porque não goste de sol, porque não gosto de pessoas - também porque sempre que me descuidava tinha de me por a pau quando ia ao indiano, se não vinha de lá cheia de molho de tomate na testa...
Não fui muito à praia também porque desconfio que não só a totalidade da nação portuguesa se deslocou até ao Algarve nos feriados, como também parte da população mundial decidiu vir comemorar o Santo Antoninho estendida ao sol e de presunto fincado no areal (diz que os alemães, por exemplo, a seguir à Oktoberfest, não há festa que mais gostem que a da sardinha assada - dizem).
Nunca, no meu perfeito juízo me deslocaria para um sítio, onde teria de aguardar em filas, ao sol, sem estacionamento, onde as pessoas se amontoam na areia, quase que partilhando o suor entre cangotes...
Mas acima de tudo, a água cheia de gente - cheia de gente que nos salpica, que pela expressão nos seus rostos descaradamente contaminam a nossa parcela de líquido da vida com ureia provinda das suas entranhas, as distâncias socialmente aceites desrespeitadas...
Sinto-me como se de repente na minha banheira de casa, em vez de repousar o meu corpo sozinho, a ele se juntarem mais uns quantos. Mas nada de fantasiosos corpos masculinos atléticos bronzeados e depilados, não, ao invés, sou acompanhada por uma idosa de touca às flores com unhas dos pés a precisarem de um formão e um indivíduo de bigode negro, com um fio de oiro ao pescoço e uma farta carpete peitoral de igual cor.
Prefiro praias desertas, onde posso correr à beira de água, em câmara lenta, de encontro à pessoa amada, onde podemos rebolar na areia e andar a cavalo envergando roupas brancas de linho, contemplando o por do sol...Peraí, isto é um video clip dos Anjos - que à sua maneira também é uma visão do inferno.
Quando cheguei a primeira frase que saiu da boca da minha progenitora não foi de apreço, não foi de saudade, foi qualquer coisa do género:
"Nem parece que estiveste na praia! Estás com esse ar de drogada na mesma. Metes nojo!"
Pronto, podem não ter sido estas as palavras exactas, mas foi mais ou menos esta a ideia.
Podem até pensar que este tom de pele me incomoda.
De facto não.
Este tom amarelo foi cuidadosamente produzido graças à pouca exposição solar ao longo dos últimos anos. Não porque não goste de sol, porque não gosto de pessoas - também porque sempre que me descuidava tinha de me por a pau quando ia ao indiano, se não vinha de lá cheia de molho de tomate na testa...
Não fui muito à praia também porque desconfio que não só a totalidade da nação portuguesa se deslocou até ao Algarve nos feriados, como também parte da população mundial decidiu vir comemorar o Santo Antoninho estendida ao sol e de presunto fincado no areal (diz que os alemães, por exemplo, a seguir à Oktoberfest, não há festa que mais gostem que a da sardinha assada - dizem).
Nunca, no meu perfeito juízo me deslocaria para um sítio, onde teria de aguardar em filas, ao sol, sem estacionamento, onde as pessoas se amontoam na areia, quase que partilhando o suor entre cangotes...
Mas acima de tudo, a água cheia de gente - cheia de gente que nos salpica, que pela expressão nos seus rostos descaradamente contaminam a nossa parcela de líquido da vida com ureia provinda das suas entranhas, as distâncias socialmente aceites desrespeitadas...
Sinto-me como se de repente na minha banheira de casa, em vez de repousar o meu corpo sozinho, a ele se juntarem mais uns quantos. Mas nada de fantasiosos corpos masculinos atléticos bronzeados e depilados, não, ao invés, sou acompanhada por uma idosa de touca às flores com unhas dos pés a precisarem de um formão e um indivíduo de bigode negro, com um fio de oiro ao pescoço e uma farta carpete peitoral de igual cor.
Prefiro praias desertas, onde posso correr à beira de água, em câmara lenta, de encontro à pessoa amada, onde podemos rebolar na areia e andar a cavalo envergando roupas brancas de linho, contemplando o por do sol...Peraí, isto é um video clip dos Anjos - que à sua maneira também é uma visão do inferno.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Olá e até já
Epah, o já dizia o meu vizinho alcoólico do 2ª andar: "Trabalhar é daquelas coisas...eu cá não vou nessa."
E é verdade! Por minha vontade não estava tanto tempo metida neste gabinete, não fazia noitadas, não deixava o meu blog ao abandono, levava o dia todo no cumbibio com o pessoal deste bairro maravilhoso. Sim, vocês! Vocês
fazem os meus dias. Até há pouco tempo julgava-me perdida no mundo, depois, encontrei mais pessoas como eu, e isso fez-me querer puxar a camisola que tenho vestida até à cabeça e começar a correr de braços abertos pelo escritório, qual celebração de um golo.
Quer este post dizer que hoje tenho tempo, logo antes de me ir empanturrar com comida japonesa lá pos lados do Saldanha. Dado este pressuposto, esta tarde limitar-me-ei à nobre arte da digestão, e partirei de férias, como a maioria dos Portugueses.
É claro que pus a possibilidade de não partir rumo a sul, respeitando assim as recomendações do nosso excelentíssimo presidente da república, não indo de férias para poder exercer o meu direito de voto...Então não?
Volto daqui a duas semanas, mas levo-vos no coração.
E é verdade! Por minha vontade não estava tanto tempo metida neste gabinete, não fazia noitadas, não deixava o meu blog ao abandono, levava o dia todo no cumbibio com o pessoal deste bairro maravilhoso. Sim, vocês! Vocês
fazem os meus dias. Até há pouco tempo julgava-me perdida no mundo, depois, encontrei mais pessoas como eu, e isso fez-me querer puxar a camisola que tenho vestida até à cabeça e começar a correr de braços abertos pelo escritório, qual celebração de um golo.
Quer este post dizer que hoje tenho tempo, logo antes de me ir empanturrar com comida japonesa lá pos lados do Saldanha. Dado este pressuposto, esta tarde limitar-me-ei à nobre arte da digestão, e partirei de férias, como a maioria dos Portugueses.
É claro que pus a possibilidade de não partir rumo a sul, respeitando assim as recomendações do nosso excelentíssimo presidente da república, não indo de férias para poder exercer o meu direito de voto...Então não?
Volto daqui a duas semanas, mas levo-vos no coração.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Mudam-se os tempos
O sexo é o tema do momento nos telejornais.
Primeiro tivemos a notícia da shô doutora professora, afirmando que todos os seus alunos de 12 anos já não eram virgens e que possivelmente trocavam favores sexuais por bollycaos à hora do recreio.
Depois passou a falar-se da distribuição livre de preservativos nas escolas.
Mas querem dar cabo de tudo?
E a nossa tradição da gravidez adolescente? As tradições são para serem celebradas, não compreendidas!
Qualquer dia os Bastinhas recusam-se a torturar touros ali no Campo Pequeno alegando que se trata de crueldade.
Ou então, vão-me dizer que o galo de Barcelos não voltou mesmo à vida - o que se vai fazer a tanta figura e panos de cozinha por tantas lojas de souvenirs por este Portugal?
Pior, vão dizer que afinal na Cova da Iria o sol não bailou - os putos é que andaram de volta das papoilas...
Está tudo perdido! Já não há valores...
Para onde vais Portugal?
Primeiro tivemos a notícia da shô doutora professora, afirmando que todos os seus alunos de 12 anos já não eram virgens e que possivelmente trocavam favores sexuais por bollycaos à hora do recreio.
Depois passou a falar-se da distribuição livre de preservativos nas escolas.
Mas querem dar cabo de tudo?
E a nossa tradição da gravidez adolescente? As tradições são para serem celebradas, não compreendidas!
Qualquer dia os Bastinhas recusam-se a torturar touros ali no Campo Pequeno alegando que se trata de crueldade.
Ou então, vão-me dizer que o galo de Barcelos não voltou mesmo à vida - o que se vai fazer a tanta figura e panos de cozinha por tantas lojas de souvenirs por este Portugal?
Pior, vão dizer que afinal na Cova da Iria o sol não bailou - os putos é que andaram de volta das papoilas...
Está tudo perdido! Já não há valores...
Para onde vais Portugal?
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Algém me explique
...como é que isto
...é um sex symbol
Se visse esta pessoa na rua, primeiro dizia-lhe para ir ao médico porque provavelmente a pazada que tinha levado na cana do nariz tinha deixado sequelas.
Depois fugia, porque sei que traz um picador de gelo dentro do bolso do casaco. Aquele olhar não engana.
"Ah, ele é fascinante..."
Primeiro que tudo É A PORRA DE UMA PERSONAGEM!
Não sei quanto às pitas malucas que por aí andam, manter uma relação com um vampiro não é a minha ideia de diversão.
E se quisesse ir dar uma volta num domingo à tarde? É o vais, não é?
Tenham mas é juízo!
...é um sex symbol
Se visse esta pessoa na rua, primeiro dizia-lhe para ir ao médico porque provavelmente a pazada que tinha levado na cana do nariz tinha deixado sequelas.
Depois fugia, porque sei que traz um picador de gelo dentro do bolso do casaco. Aquele olhar não engana.
"Ah, ele é fascinante..."
Primeiro que tudo É A PORRA DE UMA PERSONAGEM!
Não sei quanto às pitas malucas que por aí andam, manter uma relação com um vampiro não é a minha ideia de diversão.
E se quisesse ir dar uma volta num domingo à tarde? É o vais, não é?
Tenham mas é juízo!
segunda-feira, 18 de maio de 2009
The beautiful people
Costumava ficar em choque sempre que via fotos da minha família.
Ao rever essas imagens dava por mim a pensar: "Como é possível eu alguma vez ter saído à rua assim?".
Quantos de nós não vestiram aqueles míticos fatos de treino coloridos e de um material extremamente brilhante como aqueles ali abaixo?
Depois descobri este sítio awkwardfamilyphotos.com e todas as minhas concepções sobre a vida, a morte e pastéis de bacalhau foram abaladas.
E pela vossa alminha, não deixem de ver nenhuma.
Ao rever essas imagens dava por mim a pensar: "Como é possível eu alguma vez ter saído à rua assim?".
Quantos de nós não vestiram aqueles míticos fatos de treino coloridos e de um material extremamente brilhante como aqueles ali abaixo?
Depois descobri este sítio awkwardfamilyphotos.com e todas as minhas concepções sobre a vida, a morte e pastéis de bacalhau foram abaladas.
E pela vossa alminha, não deixem de ver nenhuma.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Águinha del cano
Não sei se repararam que a secção de águas dos supermercados continua a crescer de forma descontrolada.
Recordo-me que nos meus tempos de infância exista água do Luso sem gás e pedras para o caso de nesse dia se ter enfardado uma dobrada carregada de picante.
Chamem-me old school - não vos vou responder, porque não é o meu nome - mas acho que já é um bocadinho de mais.
Águas com sabores, águas para emagrecer, águas em frascos de vidro com diamantes...
Costumava sarcasticamente dizer que só faltava venderem água da torneira.
Porque acho que a minha expressão de sarcasmo me dá um ar muito blasé e também porque gosto de elevar a sobrancelha. O elevar de sobrancelha pode também, quando conjugado com o dilatar de narinas, servir para demonstrar extremo desagrado em relação a alguma situação - sou um mimo no que toca a expressões faciais, e também de bikini, mas isso agora não interessa...
Então não é que no outro dia me encontrava calmamente a ler uma revista mais ou menos pseudo e lá pelo meio de páginas com modelos em posições de parco equilíbrio, com ar de muita fominha e olhar no infinito, vi a reportagem?
Há uma empresa de New York (não, não estou a ser snob, acho mal mudar o nome dos sítios, da mesma forma que não gosto de ouvir dizer Oporto ou Lissabon) que vende precisamente água da torneira!
Não é nada que o pessoal que vende garrafas de água à saída dos jogos de futebol não se tenha lembrado, mas não fazem é publicidade disso.
Já estes fazem publicidade disso e o mais incrível é que vendem como pãezinhos quentes.
É água da torneira!
Eles só a engarrafam!
Falem-me do Bob Proctor e o seu esquema genial para enriquecer sem fazer grande coisa.
Estes nem precisam de enganar ninguém...
Recordo-me que nos meus tempos de infância exista água do Luso sem gás e pedras para o caso de nesse dia se ter enfardado uma dobrada carregada de picante.
Chamem-me old school - não vos vou responder, porque não é o meu nome - mas acho que já é um bocadinho de mais.
Águas com sabores, águas para emagrecer, águas em frascos de vidro com diamantes...
Costumava sarcasticamente dizer que só faltava venderem água da torneira.
Porque acho que a minha expressão de sarcasmo me dá um ar muito blasé e também porque gosto de elevar a sobrancelha. O elevar de sobrancelha pode também, quando conjugado com o dilatar de narinas, servir para demonstrar extremo desagrado em relação a alguma situação - sou um mimo no que toca a expressões faciais, e também de bikini, mas isso agora não interessa...
Então não é que no outro dia me encontrava calmamente a ler uma revista mais ou menos pseudo e lá pelo meio de páginas com modelos em posições de parco equilíbrio, com ar de muita fominha e olhar no infinito, vi a reportagem?
Há uma empresa de New York (não, não estou a ser snob, acho mal mudar o nome dos sítios, da mesma forma que não gosto de ouvir dizer Oporto ou Lissabon) que vende precisamente água da torneira!
Não é nada que o pessoal que vende garrafas de água à saída dos jogos de futebol não se tenha lembrado, mas não fazem é publicidade disso.
Já estes fazem publicidade disso e o mais incrível é que vendem como pãezinhos quentes.
É água da torneira!
Eles só a engarrafam!
Falem-me do Bob Proctor e o seu esquema genial para enriquecer sem fazer grande coisa.
Estes nem precisam de enganar ninguém...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Ajoelhou...
Essa coisa da peregrinação é muito bonita.
Fortalece os laços de amizade, enquanto se untam pés ensanguentados.
Depois, o ritual do acender das velas em forma de partes do corpo humano em tamanho real, o enceranço da calçada com os joelhos...
Por esta altura, milhares de crentes dirigem-se ao santuário e consta que quanto maior o sacrifício, maior o milagre que se pode pedir.
Não acho justo!
Então e o pessoal que mora lá? Tem de fazer um detour pelo Bom Jesus e voltar? É que se virem bem ainda é complicadito atravessar aquelas estadas de gravilha de joelhos, ainda por cima nesta altura do ano. Sim, que eu bem sei. Muito boa gente vai para lá de cu tremido e depois de estacionar a viatura, atiram-se de joelhos ao chão. Pessoal, "Eles" estão em todo o lado. Não vale tentar fazer batota.
E sabem que no santuário se vendem joelheiras?
É para que o andar de rojo não seja tão incómodo, vejam só...
Qualquer dia querem que se monte uma esplanada ao pé do altar, é que ainda se apanha um solzito valente por aqueles lados.
Era a junção perfeita: produção de vitamina D e a celebração da fé.
Tenho mesmo que começar a registar estas patentes!
Fortalece os laços de amizade, enquanto se untam pés ensanguentados.
Depois, o ritual do acender das velas em forma de partes do corpo humano em tamanho real, o enceranço da calçada com os joelhos...
Por esta altura, milhares de crentes dirigem-se ao santuário e consta que quanto maior o sacrifício, maior o milagre que se pode pedir.
Não acho justo!
Então e o pessoal que mora lá? Tem de fazer um detour pelo Bom Jesus e voltar? É que se virem bem ainda é complicadito atravessar aquelas estadas de gravilha de joelhos, ainda por cima nesta altura do ano. Sim, que eu bem sei. Muito boa gente vai para lá de cu tremido e depois de estacionar a viatura, atiram-se de joelhos ao chão. Pessoal, "Eles" estão em todo o lado. Não vale tentar fazer batota.
E sabem que no santuário se vendem joelheiras?
É para que o andar de rojo não seja tão incómodo, vejam só...
Qualquer dia querem que se monte uma esplanada ao pé do altar, é que ainda se apanha um solzito valente por aqueles lados.
Era a junção perfeita: produção de vitamina D e a celebração da fé.
Tenho mesmo que começar a registar estas patentes!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Tranque lá a porta oh fáxavor!
Tenho uma bexiga pequena.
Mínima, mesmo.
Consigo ir antes de sair de casa e 15 minutos depois já estar à rasca outra vez.
O meu respectivo diz que o som que ouve vir da casa de banho se assemelha a uma chuva torrencial de aproximadamente 5 segundos. E não, não tenho bexiga envergonhada.
Neste aspecto estou preparada para sobreviver nas condições mais adversas. Agradeço à minha melhor amiga.
Toda a família dela, toma o acto de ir à casa de banho como outra qualquer banalidade.
Embora me considerem de família, sei que ainda não sou um deles porque se coíbem de entrar na casa de banho se lá estiver. Não peço que o façam, mas cá dentro dói saber que após todos estes anos (22), ainda não sou inteiramente aceite.
Tendo em conta a minha condição, sou frequentadora assídua de casas de banho - não há sítio onde vá que não conheça pelo menos uma.
Regra geral estas visitas decorrem sem incidentes de maior, mas aqui no meu novo local de trabalho, o acto de fechar a porta do compartimento parece não constar na lista de coisas a fazer - logo a seguir ao entrar a imediatamente antes de forrar todos os milímetros da tampa da sanita com pequenas tiras de papel higiénico.
Já é a terceira vez que abro a porta e está uma senhora sentada no trono, com olhar no infinito e que consegue apenas soltar um gritinho de surpresa na minha direcção. Peço desculpa e daí por diante, cada vez que nos cruzamos na copa, um ambiente de consternação abate-se sobre nós - até ao fim dos dias.
Ainda me lembro a primeira vez que uma situação destas me aconteceu.
Passou-se em casa de uma colega minha da faculdade. Essa casa era dividida com mais 5 pessoas. Uma delas era realmente estranha e tirando o facto de lhe chamarem Fatuxa, desconfiava tratar-se de um homem.
Não ligava muito à higiene pessoal, era comum termos de deitar comida germinada fora de dentro dos tachos que deixava no frigorífico comum, usava roupa que deixava as suas formas indefinidas entre o americano médio ou a basquetebolista gorda e praticamente não dormia em casa.
Um belo dia, sem que nada o fizesse antever, numa manhã de ressaca, abri a porta da casa de banho com um pequeno toque. A porta abriu-se lentamente, deixando ver do outro lado a Fatuxa, de calças de fato de treino em baixo (ela usava boxers), lendo uma revista sobre relógios de cuco (don't ask) e mostrando a alva brancura das suas coxas...
Ainda hoje, esta imagem me assombra. E às minhas colegas, que tiveram de me ir buscar à porta onde me mantinha estática.
Nesse dia, confirmamos que a Fatuxa era uma mulher, porque não se incomodou com o incidente e continuou na sua vidinha.
E é desta forma enternecida que a recordamos ainda hoje...
Mínima, mesmo.
Consigo ir antes de sair de casa e 15 minutos depois já estar à rasca outra vez.
O meu respectivo diz que o som que ouve vir da casa de banho se assemelha a uma chuva torrencial de aproximadamente 5 segundos. E não, não tenho bexiga envergonhada.
Neste aspecto estou preparada para sobreviver nas condições mais adversas. Agradeço à minha melhor amiga.
Toda a família dela, toma o acto de ir à casa de banho como outra qualquer banalidade.
Embora me considerem de família, sei que ainda não sou um deles porque se coíbem de entrar na casa de banho se lá estiver. Não peço que o façam, mas cá dentro dói saber que após todos estes anos (22), ainda não sou inteiramente aceite.
Tendo em conta a minha condição, sou frequentadora assídua de casas de banho - não há sítio onde vá que não conheça pelo menos uma.
Regra geral estas visitas decorrem sem incidentes de maior, mas aqui no meu novo local de trabalho, o acto de fechar a porta do compartimento parece não constar na lista de coisas a fazer - logo a seguir ao entrar a imediatamente antes de forrar todos os milímetros da tampa da sanita com pequenas tiras de papel higiénico.
Já é a terceira vez que abro a porta e está uma senhora sentada no trono, com olhar no infinito e que consegue apenas soltar um gritinho de surpresa na minha direcção. Peço desculpa e daí por diante, cada vez que nos cruzamos na copa, um ambiente de consternação abate-se sobre nós - até ao fim dos dias.
Ainda me lembro a primeira vez que uma situação destas me aconteceu.
Passou-se em casa de uma colega minha da faculdade. Essa casa era dividida com mais 5 pessoas. Uma delas era realmente estranha e tirando o facto de lhe chamarem Fatuxa, desconfiava tratar-se de um homem.
Não ligava muito à higiene pessoal, era comum termos de deitar comida germinada fora de dentro dos tachos que deixava no frigorífico comum, usava roupa que deixava as suas formas indefinidas entre o americano médio ou a basquetebolista gorda e praticamente não dormia em casa.
Um belo dia, sem que nada o fizesse antever, numa manhã de ressaca, abri a porta da casa de banho com um pequeno toque. A porta abriu-se lentamente, deixando ver do outro lado a Fatuxa, de calças de fato de treino em baixo (ela usava boxers), lendo uma revista sobre relógios de cuco (don't ask) e mostrando a alva brancura das suas coxas...
Ainda hoje, esta imagem me assombra. E às minhas colegas, que tiveram de me ir buscar à porta onde me mantinha estática.
Nesse dia, confirmamos que a Fatuxa era uma mulher, porque não se incomodou com o incidente e continuou na sua vidinha.
E é desta forma enternecida que a recordamos ainda hoje...
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Os bichos
Ainda na minha senda de adquirir a selecção de animais referidos num dos posts abaixo, este fim de semana fui ao jardim Zoológico.
Já não ai lá desde pequena.
Lembro-me vagamente de ser carnaval e estar mascarada de saloia, ou lavadeira, ou padeira, ou uma eira qualquer. Porque a minha mãe tinha a mania de todos os anos me alugar uma farpela diferente, mas que era estranhamente semelhante à do ano passado.
Desconfio que os proprietários do negócio tinham meia dúzia de peças que conjugavam de formas diferentes, juntavam um adereço e pronto, estava feito, passe para cá 5 contos e devolva segunda feira lavado se faz favor.
Apercebo-me disso quando revejo as minhas fotos de infância e constato que em todas elas pareço uma algarvia (não nego as raízes) mas com uma maquilhagem de pêga. E eu achava lindo.
Depois cresci e apercebi-me que sombra verde alface e batom vermelho puta devem apenas ser usadas em caso de estarmos com a nossa cara metade no carnaval de Torres Vedras, e onde a maquilhagem e a saia travada não estão a ser usadas por mim.
Com grande desgosto ia para a escola levando uma foice debaixo do braço um ramo de papoilas de plástico e espigas de trigo, enquanto as minhas colegas se pavoneavam em vestidos de damas antigas e fadinhas.
Todos os anos havia um concurso, que era sempre ganho por alguém com fatos mais chiques do que o meu.
Um ano, fiz a cabeça da minha mãe em água, pedindo-lhe um fato desses para o carnaval. Depois de ter apanhado sustos valentes comigo quando acordava de manhã e dava de caras comigo na cabeceira da cama, assentiu.
Porque sempre ganhei pelo cansaço, e quando se quer mesmo uma coisa há que começar logo de madrugada- que eu cá não gosto de perder tempo.
Nesse ano ganhei o concurso, vestida de dama antiga. O fato era muito bonito - pelo menos na altura pareceu-me,mas há pouco tempo revi as fotos...
Era também das coisas mais desconfortáveis que alguma vez usei. Levei o dia todo sem me poder sentar em condições, porque aquela treta tinha um ferro na parte de baixo.
Nesse dia desejei ardentemente ter de volta os fatos de gente da plebe.
Foi nesse dia que o conceito "o conforto não deve nunca ser sobreposto por nada" entrou na minha vida.
Maltrapilha? Até pode ser. Antes isso do que andar o dia todo como se estivesse enfiada numa camisa de amor próprio ou com os pés a chiar.
Isso está contra a nossa natureza. Por que raio fazemos isso a nós próprios? Apagar pontas de cigarros nas virilhas para fins recreativos, ainda vá, agora metermo-nos dentro de umas calças de ganga à custa de acrobacia? Gosto de respirar - é lúdico!
Mas o que é que estava mesmo a dizer?
Ah, já sei, estava a falar da minha ida ao jardim!
Assim que chegamos, deram-nos um mapa, que consultamos de imediato.
Haviam lemures e tigres e suricatas.
Alegrei-me e decidi deixar o melhor para o fim - mais ou menos como faço com a comida.
Depois de percorrermos todo o espaço fomos ver os predilectos.
Como as leis de Murphy são o sumo da minha existência, tive pouca sorte. Melhor, eu deveria ser uma lei de Murphy, a sério! Todos os acidentes físicos, mesmo os mais improváveis conseguem concentrar-se no meu espaço existencial. Não há bola que tenha estado no meu perímetro que não me tenha atingido na cara com aparato...
Adiante. Tive pouca sorte.
Os tigres estavam todos a dormir, por isso vi apenas a cauda de um que adormecera abraçado a uma árvore.
Quando cheguei à cerca dos lemures vi um.
Achei-o pequeno.
Depois outro.
Depois um grupo.
Depois olhei com atenção e eram ratazanas. Grandes!
Depois fugi e procurei consolo junto dos suricatas. Que não estavam lá! Porque havia obras.
Como podem ver, o plano de raptar algum destes espécimens saiu completamente gorado.
E eu que até tinha levado a minha mala grande!
Já de saída, já dando como mal empregue toda a tarde dispendida, tive a visão que fez tudo valer a pena.
Tenho mais um animal para juntar à lista. Lebre da Patagónia!
Anotem este nome. Esta mistura de coelho com cabrinha ainda vai ser minha.
Isto se não for atingida por algum relâmpago pelo caminho...
Já não ai lá desde pequena.
Lembro-me vagamente de ser carnaval e estar mascarada de saloia, ou lavadeira, ou padeira, ou uma eira qualquer. Porque a minha mãe tinha a mania de todos os anos me alugar uma farpela diferente, mas que era estranhamente semelhante à do ano passado.
Desconfio que os proprietários do negócio tinham meia dúzia de peças que conjugavam de formas diferentes, juntavam um adereço e pronto, estava feito, passe para cá 5 contos e devolva segunda feira lavado se faz favor.
Apercebo-me disso quando revejo as minhas fotos de infância e constato que em todas elas pareço uma algarvia (não nego as raízes) mas com uma maquilhagem de pêga. E eu achava lindo.
Depois cresci e apercebi-me que sombra verde alface e batom vermelho puta devem apenas ser usadas em caso de estarmos com a nossa cara metade no carnaval de Torres Vedras, e onde a maquilhagem e a saia travada não estão a ser usadas por mim.
Com grande desgosto ia para a escola levando uma foice debaixo do braço um ramo de papoilas de plástico e espigas de trigo, enquanto as minhas colegas se pavoneavam em vestidos de damas antigas e fadinhas.
Todos os anos havia um concurso, que era sempre ganho por alguém com fatos mais chiques do que o meu.
Um ano, fiz a cabeça da minha mãe em água, pedindo-lhe um fato desses para o carnaval. Depois de ter apanhado sustos valentes comigo quando acordava de manhã e dava de caras comigo na cabeceira da cama, assentiu.
Porque sempre ganhei pelo cansaço, e quando se quer mesmo uma coisa há que começar logo de madrugada- que eu cá não gosto de perder tempo.
Nesse ano ganhei o concurso, vestida de dama antiga. O fato era muito bonito - pelo menos na altura pareceu-me,mas há pouco tempo revi as fotos...
Era também das coisas mais desconfortáveis que alguma vez usei. Levei o dia todo sem me poder sentar em condições, porque aquela treta tinha um ferro na parte de baixo.
Nesse dia desejei ardentemente ter de volta os fatos de gente da plebe.
Foi nesse dia que o conceito "o conforto não deve nunca ser sobreposto por nada" entrou na minha vida.
Maltrapilha? Até pode ser. Antes isso do que andar o dia todo como se estivesse enfiada numa camisa de amor próprio ou com os pés a chiar.
Isso está contra a nossa natureza. Por que raio fazemos isso a nós próprios? Apagar pontas de cigarros nas virilhas para fins recreativos, ainda vá, agora metermo-nos dentro de umas calças de ganga à custa de acrobacia? Gosto de respirar - é lúdico!
Mas o que é que estava mesmo a dizer?
Ah, já sei, estava a falar da minha ida ao jardim!
Assim que chegamos, deram-nos um mapa, que consultamos de imediato.
Haviam lemures e tigres e suricatas.
Alegrei-me e decidi deixar o melhor para o fim - mais ou menos como faço com a comida.
Depois de percorrermos todo o espaço fomos ver os predilectos.
Como as leis de Murphy são o sumo da minha existência, tive pouca sorte. Melhor, eu deveria ser uma lei de Murphy, a sério! Todos os acidentes físicos, mesmo os mais improváveis conseguem concentrar-se no meu espaço existencial. Não há bola que tenha estado no meu perímetro que não me tenha atingido na cara com aparato...
Adiante. Tive pouca sorte.
Os tigres estavam todos a dormir, por isso vi apenas a cauda de um que adormecera abraçado a uma árvore.
Quando cheguei à cerca dos lemures vi um.
Achei-o pequeno.
Depois outro.
Depois um grupo.
Depois olhei com atenção e eram ratazanas. Grandes!
Depois fugi e procurei consolo junto dos suricatas. Que não estavam lá! Porque havia obras.
Como podem ver, o plano de raptar algum destes espécimens saiu completamente gorado.
E eu que até tinha levado a minha mala grande!
Já de saída, já dando como mal empregue toda a tarde dispendida, tive a visão que fez tudo valer a pena.
Tenho mais um animal para juntar à lista. Lebre da Patagónia!
Anotem este nome. Esta mistura de coelho com cabrinha ainda vai ser minha.
Isto se não for atingida por algum relâmpago pelo caminho...
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Mestre Maco
Cada dia que passa mais me convenço que tenho a sensibilidade de um camionista ou de uma saca de serradura (daquelas com embalagem azul, porque as amarelas são um bocadinho on the edge).
No outro dia os meus colegas estavam a comentar o facto de se emocionarem até às lágrimas com o programa "Querido, mudei a casa".
E eu pedi para repetirem porque não estava a perceber.
Mas aquilo não é um programa de bricolage com uma apresentadora maquilhada como uma drag queen e onde os homens das obras podem dar largas às suas ambições de actores?
O que pode haver de emocionante na redecoração de uma casa?
É emocionante para a pessoa que não teve pachorra para mudar a casa e que em troca de uma reportagem chorosa no fim do programa, recebe uma divisão toda arranjadinha. Agora para quem vê?
É certo que o TPM tem efeitos realmente irracionais mas isto é um bocadinho de mais.
No máximo, com TPM emociono-me a olhar para a brancura reluzente de uma louça sanitária quando estou mesmo, mesmo muito aflitinha.
Cada pessoa reage de forma diferente aos desequilíbrios hormonais, tudo bem, mas algumas das pessoas que fizeram essa confissão são homens.
Ficaram sem resposta, não foi? Também eu!
terça-feira, 21 de abril de 2009
Arca de Noé
Desenganem-se se pensam que vou fazer mais alguma referência a incongruências da bíblia - fica para o ano, ou para alturas do Natal.
Quando estou aborrecida, tenho por hábito ver fotos no google para me animar. Dei por mim a ver fotos de animais e a sonhar acordada (que poderá ou não ter a ver com a vaca da minha vizinha de baixo ter estado até às 4:30 da manhã a dar uma festa lá em casa).
Sempre adorei bicharada e levava para casa tudo o que apanhasse, o que normalmente se manifestava em bolsos cheios de minhocas, caracóis, rãs, lagartixas, bichos de conta...
Já agora, o que foi feito dos bichos de conta?
Sempre foram os meus favoritos. Como os rapazes não me deixavam brincar com os guelas deles, brincava com a minha colecção. Bons tempos!
Como é típico das crianças, pedia aos meus pais para me arranjarem mais animais de estimação mas eles sempre se esquivaram oferecendo-me gatos, peixinhos e cágados.
Sempre soube bem o que queria e não me deixava enganar com desculpas do género: "Não podes ter esse animal num apartamento" ou "É um animal imaginário".
Quando juntar um dinheirinho, vou aplica-lo a concretizar um dos meus sonhos. Sonho esse que passa pela aquisição de pelo menos um de cada um destes exemplares.
Quando estou aborrecida, tenho por hábito ver fotos no google para me animar. Dei por mim a ver fotos de animais e a sonhar acordada (que poderá ou não ter a ver com a vaca da minha vizinha de baixo ter estado até às 4:30 da manhã a dar uma festa lá em casa).
Sempre adorei bicharada e levava para casa tudo o que apanhasse, o que normalmente se manifestava em bolsos cheios de minhocas, caracóis, rãs, lagartixas, bichos de conta...
Já agora, o que foi feito dos bichos de conta?
Sempre foram os meus favoritos. Como os rapazes não me deixavam brincar com os guelas deles, brincava com a minha colecção. Bons tempos!
Como é típico das crianças, pedia aos meus pais para me arranjarem mais animais de estimação mas eles sempre se esquivaram oferecendo-me gatos, peixinhos e cágados.
Sempre soube bem o que queria e não me deixava enganar com desculpas do género: "Não podes ter esse animal num apartamento" ou "É um animal imaginário".
Quando juntar um dinheirinho, vou aplica-lo a concretizar um dos meus sonhos. Sonho esse que passa pela aquisição de pelo menos um de cada um destes exemplares.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Ele está no meio de nós
Sei que já passou a Páscoa mas mesmo assim considero esta pequena dissertação dentro do prazo de validade.
Porque nunca é tarde para pôr em causa a religião católica. E também porque queria dar um tempinho para me sentir segura mandando por terra as bases em que assentam as crenças das minhas vizinhas testemunhas de Jeovah, sem temer que a minha casa seja cercada por uma multidão enfurecida com archotes.
Quem tem a infelicidade de passar esta quadra num local refundido no interior profundo - a terra de meus avós - sabe que a tv cabo ainda não chegou lá.
Não chegou lá grande coisa. Sempre que tenho de usar o telemóvel, tenho de me deslocar para o cimo de um cerro e encostar-me ao lado direito do poste telefónico que lá existe.
Se nesse dia estiver vento de Oeste, consigo fazer chamadas.
São demasiadas variáveis, dirão. Mas ao fim de algum tempo, conseguimos identificar os sinais logo pela manhã se vamos conseguir falar.
Quase como os anciãos que escrevem o Borda de Água, que são prisioneiros dos editores desde pequenos, mais ou menos por alturas do seu sétimo aniversário - que é, como toda a gente sabe, a idade do despertar do dom da previsão do tempo.
Mas voltando à televisão.
Por essas alturas somos sempre brindados com novas versões da vida de Cristo e o camandro.
Resumidamente o Tipo nasce, a mãe convence o pai que é concepção divina, vêm os reis que lhe dão prendas, gap de 24 anos, é baptizado, cura aleijados e ceguinhos, multiplica comida para pessoal que apareceu lá em casa para jantar sem avisar, janta com uns amigos, um deles não gostou muito que ele lhe tivesse ganho o burro no Pocker, chiba-se, penduram-no na cruz, morre, volta, fim.
Fim? Então e depois?
Ele volta, só para dizer que pode e depois?
Nem as minhas vizinhas me conseguem responder porque não aparece em filme nenhum.
Voltou a pastar rebanhos? Dedicou-se à carpintaria? Voltou para casa com o ET? Deixou de tomar banho e foi para o Algarve vender melões à beira da nacional? Inspirou os Imortais?
Esta última, é a que me parece a mais forte hipótese.
There can be only one.Esta é a base da igreja católica!
E ele luta bravamente contra os Deuses das outras religiões até só haver um. O que acham que foram as cruzadas? Lutas contra os infieis. O nome diz tudo.
Perai! Alcaheda! Blasfémia?
Que seja. Agora não há fogueirinhas, por isso posso dizer o que quiser. Por via das dúvidas, nunca revelarei dados pessoais meus...
Sei lá, para variar, podiam fazer um filmezito um bocado mais longo e acabavam com essas pontas soltas de uma vez.
Eu nem cobro direitos de autor pela ideia. Pode ser? Vejam lá isso e depois digam qualquer coisa. Ora essa, de nada.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Corpos Danone
Já se deram conta que a partir de uma determinada altura do ano, as preocupações com a figura passam para a linha da frente?
Não há revista nem jornal que não traga encalacrado lá pelo meio de classificados oferecendo massagens sensuais e procurando t2 na Damaia, anúncios ao último grito de cirurgia estética, onde se consegue eliminar toda a banha animal adquirida na zona abdominal ao longo do período invernoso na pausa para o almoço.
Sem cortes, sem anestesia, enquanto se ingere um double cheeseburger com extra queijo e meio litro de coca-cola.
Milagroso.
Até já existe ginástica passiva! Tudo para não mexer o rabo.
Nada contra, cada um sabe de si e eu sei TUDO!
Nem por isso, mas tenho muitas teorias. Teorias essas que me farão dominar o mundo um dia, quando toda a minha genialidade for reconhecida em aparatosa ovação das gentes da minha terra.
Adiante, a obcessão do corpo passar-me-ia ao lado de não interferisse com a minha vidinha.
Querem comer saladinhas a todas as refeições do dia até ao tão esperado dia do reencontro com o biquini?
Na boa!
Agora, uma pessoa querer acompanhar a sua picanha com um bocadito de salada e já não haver é que não!
Querem ser esbeltos?
Não comam que nem uns porcos o ano inteiro!
Só lhes dá a crise de consciência agora?
Agora já é tarde meus senhores! Ide adejar para a praia!
Ah, e os ginásios!
Odeio chegar à sala de cardio e cheirar a cavalo. Mas a cavalo depois de ter andado a correr num picadeiro entre as coxas suadas de um toureiro vestido de licra cor de rosa com lantejoulas - carniceiros!
Ter de esperar para usar as máquinas, porque é agora que fazer sequências de 100 levantamentos vai fazer efeito.
Não ter cacifos livres nem sítio para pousar as coisas no balneário.
Ter a sauna completamente apinhada de desconhecidos.
Já me chega as filas para a costa e o pessoal que se abanca praticamente em cima de nós na praia.
Defendo que nesta altura do ano não deveria vender-se comida saudável e os ginásios deviam fechar para férias.
Assim o pessoal tinha vergonha, as filas reduziam, o espaço era maior e eu era uma pessoa feliz, com compulsões homicidas bastante mais controladas e com um tom de pele num saudável amarelo torrado.
Que dependendo da luz, quase pode ser confundido com dourado.
Quase...
Não há revista nem jornal que não traga encalacrado lá pelo meio de classificados oferecendo massagens sensuais e procurando t2 na Damaia, anúncios ao último grito de cirurgia estética, onde se consegue eliminar toda a banha animal adquirida na zona abdominal ao longo do período invernoso na pausa para o almoço.
Sem cortes, sem anestesia, enquanto se ingere um double cheeseburger com extra queijo e meio litro de coca-cola.
Milagroso.
Até já existe ginástica passiva! Tudo para não mexer o rabo.
Nada contra, cada um sabe de si e eu sei TUDO!
Nem por isso, mas tenho muitas teorias. Teorias essas que me farão dominar o mundo um dia, quando toda a minha genialidade for reconhecida em aparatosa ovação das gentes da minha terra.
Adiante, a obcessão do corpo passar-me-ia ao lado de não interferisse com a minha vidinha.
Querem comer saladinhas a todas as refeições do dia até ao tão esperado dia do reencontro com o biquini?
Na boa!
Agora, uma pessoa querer acompanhar a sua picanha com um bocadito de salada e já não haver é que não!
Querem ser esbeltos?
Não comam que nem uns porcos o ano inteiro!
Só lhes dá a crise de consciência agora?
Agora já é tarde meus senhores! Ide adejar para a praia!
Ah, e os ginásios!
Odeio chegar à sala de cardio e cheirar a cavalo. Mas a cavalo depois de ter andado a correr num picadeiro entre as coxas suadas de um toureiro vestido de licra cor de rosa com lantejoulas - carniceiros!
Ter de esperar para usar as máquinas, porque é agora que fazer sequências de 100 levantamentos vai fazer efeito.
Não ter cacifos livres nem sítio para pousar as coisas no balneário.
Ter a sauna completamente apinhada de desconhecidos.
Já me chega as filas para a costa e o pessoal que se abanca praticamente em cima de nós na praia.
Defendo que nesta altura do ano não deveria vender-se comida saudável e os ginásios deviam fechar para férias.
Assim o pessoal tinha vergonha, as filas reduziam, o espaço era maior e eu era uma pessoa feliz, com compulsões homicidas bastante mais controladas e com um tom de pele num saudável amarelo torrado.
Que dependendo da luz, quase pode ser confundido com dourado.
Quase...
terça-feira, 7 de abril de 2009
Girl next door
Mudei de poiso.
Troquei as tias da Lapa e vim para um sítio onde se trabalha tão próximo do cliente, que estou praticamente aninhada no sovaco do meu colega do lado - sou assim, afectiva.
Deixei de ter uma bela vista para um grande jardim para passar a ter uma pequena vista sobre o aqueduto.
Troquei o meu lugar de garagem por um competitivo lugar num parque de terra batida,
guardado acerrimamente por uma família de ucranianos com aspecto de terem viajado no tempo de meados da década de 80.
Disse adeus às instalações novinhas em folha de mármore reluzente e disse olá a instalações decrépitas e pouco ventiladas de um edifício antigo na fronteira de Campolide.
Despedi-me de dias curtos de intensa inactividade cerebral e abracei a carga de dias que se avizinham longos e difíceis.
Por outro lado, demoro 15 minutos a chegar ao trabalho em vez da habitual hora e pouco - não pode ser tudo mau...
É assim a vidinha de consultor. Quem sabe, um dia poderei estar sentada ao vosso lado...
Troquei as tias da Lapa e vim para um sítio onde se trabalha tão próximo do cliente, que estou praticamente aninhada no sovaco do meu colega do lado - sou assim, afectiva.
Deixei de ter uma bela vista para um grande jardim para passar a ter uma pequena vista sobre o aqueduto.
Troquei o meu lugar de garagem por um competitivo lugar num parque de terra batida,
guardado acerrimamente por uma família de ucranianos com aspecto de terem viajado no tempo de meados da década de 80.
Disse adeus às instalações novinhas em folha de mármore reluzente e disse olá a instalações decrépitas e pouco ventiladas de um edifício antigo na fronteira de Campolide.
Despedi-me de dias curtos de intensa inactividade cerebral e abracei a carga de dias que se avizinham longos e difíceis.
Por outro lado, demoro 15 minutos a chegar ao trabalho em vez da habitual hora e pouco - não pode ser tudo mau...
É assim a vidinha de consultor. Quem sabe, um dia poderei estar sentada ao vosso lado...
Call on me
Esta manhã, assim que saí de casa apercebi-me que não tinha bateria no telemóvel.
Não sei se vos acontece o mesmo, mas fico como se tivesse perdido parte do cérebro.
Sinceramente não me consigo lembrar como conseguíamos sobreviver sem este apetrecho.
Recordo-me vagamente que sabia os números de cor e que apanhava grandes secas à espera.
Nos dias que correm não só o meu sentido de orientação, mas também a minha memória assemelham-se aos de uma traça.
Felizmente ainda tenho net e poderei tirar um tempinho para dominar a arte da mensagem de fumo.
Dá sempre jeito, embora a privacidade das mensagens não seja das melhores.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Consumir de preferência antes de:
No outro dia estava a ver um filme de Zombies e esta ideia assolou-me o pensamento: Os Zombies são movidos apenas por uma coisa - alimento.
Então porque é que andam sempre aos bandos não se atacando entre si e se dão ao trabalho de andar a tentar apanhar pessoal que corre ao dobro da velocidade?
Agora que estão em decomposição tornaram-se gourmets?
Não têm moral!
quinta-feira, 26 de março de 2009
O mundo a meus pés
Eu sabia que ter comprado uns xanatos que cheiram intensamente a pastilha elástica iria trazer-me transtornos.
Tá bem que é enternecedor ter todas as pessoas com quem me encontro a snifar-me os pés, mas quando tenho de me deslocar a qualquer lado, é complicado andar tendo que os arrastar, enquanto me mordiscam as fivelas.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Pensionistas
Percebi finalmente a principal razão para a idade das reformas estar gradualmente a aumentar.
Em Famalicão foi desmantelado um gang que se dedicava ao tráfico de haxixe, diamantes, falsificação de notas e armas ilegais.
Até aqui tudo bem. Mas se vos disser que o cabecinha do gang era uma septuagenária?
A primeira frase passou agora a fazer sentido, não foi?
Para quê reformar, se o aborrecimento desta nova condição, os fará passar a dedicar-se ao crime para preencher o vazio deixado?
Estes velhotes de hoje em dia...
Mas que mal é que tinha o crochet?
terça-feira, 24 de março de 2009
Coisas que digo que fazem mães abraçar os filhos pequenos e afastar-se
..."se ele fosse beto, o desejo de lhe aplicar biqueiradas na cabeça, seria por demais incontrolado."
Excentricidades cutâneas
De vez em quando o pessoal da DECO faz rifas para dar a oportunidade de alguns dos seus funcionários viverem a vertigem de serem agentes infiltrados.
Desta vez, foram duas felizes contempladas que tiveram o prazer de visitar 23 estabelecimentos em Lisboa e no Porto e usufruirem dos serviços de solário dos mesmos.
Após a luta de toalhas no balneário, fizeram um relatório de onde se podia concluir que estes serviços deixavam muito a desejar.
A principal causa de descontentamento prende-se com o facto de os clientes não serem alertados para os perigos deste tipo de tratamento estético (tratamento é uma palavra realmente adequada).
Pois claro! Obviamente que quem vai a um solário e se mete dentro de uma sandwicheira gigante não faz a mínima ideia que juntamente com o tom de pele estorricado, poderá vir um bonito e dourado carcinoma.
Ou ainda, que ao levar directamente com luz ultravioleta no focinho, poderá vir a padecer de danos oculares, se não se encontrarem munidas de protecção.
É que um microondas trazer nas instruções que não se devem secar animais vivos lá dentro ainda vá, agora isto?
Mas somos todos americanos ou quê?
Pronto, não todos os americanos - só os do Texas.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Ah e coiso
Pensei em colocar aqui uma foto extraordinária de mim em bébé, vestida com um fato macaco, montada num peluche de foca em tamanho real, mas depois pensei melhor e decidi que não queria receber piadas relacionadas com o acto de montar até ao fim dos tempos.
Por isso vou só por uma foca e um bébé aleatório em fato macaco.
E porquê, perguntam-se vocês.
E eu respondo. Vocês estão sempre a fazer-me perguntas, já reparam bem?
Bem, parece que é normal, quando se quer dizer que se faz anos e tal.
Calma, calma, não é hoje! É só em Dezembro. Não, por acaso não é. É na segunda.
Serve este post para justificar a minha ausência daqui na segunda mais do que para receber congratulações.
Afinal de contas, parabéns porquê? Toda a gente nasceu. Não é a cura do Cancro ou a descoberta de novas utilizações para bolas de golfe...
Adiante, este foi o primeiro ano que decidi tirar férias no meu aniversário. Só porque a minha nádega esquerda me tem dito nos últimos tempos que precisava de um pouco mais de atenção minha. E eu tudo bem!
Sou bem mandada, por isso, vou dedicar o próximo dia 23 a dedicadamente coçar o rabo.
Grata pela atenção e um grande obrigado por estarem aí.
*Sim, eu sei que não é um bébé em fato macaco mas achei a expressão deste tipo fabulosa.
Por isso vou só por uma foca e um bébé aleatório em fato macaco.
E porquê, perguntam-se vocês.
E eu respondo. Vocês estão sempre a fazer-me perguntas, já reparam bem?
Bem, parece que é normal, quando se quer dizer que se faz anos e tal.
Calma, calma, não é hoje! É só em Dezembro. Não, por acaso não é. É na segunda.
Serve este post para justificar a minha ausência daqui na segunda mais do que para receber congratulações.
Afinal de contas, parabéns porquê? Toda a gente nasceu. Não é a cura do Cancro ou a descoberta de novas utilizações para bolas de golfe...
Adiante, este foi o primeiro ano que decidi tirar férias no meu aniversário. Só porque a minha nádega esquerda me tem dito nos últimos tempos que precisava de um pouco mais de atenção minha. E eu tudo bem!
Sou bem mandada, por isso, vou dedicar o próximo dia 23 a dedicadamente coçar o rabo.
Grata pela atenção e um grande obrigado por estarem aí.
*Sim, eu sei que não é um bébé em fato macaco mas achei a expressão deste tipo fabulosa.
Consanguinidades
Não adoram mães tias?
Não, não estou a falar de alguém que manteve relações incestuosas com o irmão.
Estou a falar daquelas criaturas que populam aqui a Lapa, normalmente com tons de pele que se assemelham a um cherokee, com cabelos louro-sueco, que falam de forma anasalada e geralmente vivem de organizar eventos.
Cruzo-me com uma delas à hora do almoço, normalmente acompanhada pelas duas crias: A Carlohtah e a Franciscah.
A Carlohtah e a Franciscah têm aproximadamente 3 e 5 anos respectivamente e tratam-se por você.
É com pesar que constato que, quando a metamorfose começa, não tem volta.
Resta-me rezar pela sua alma (enquanto ainda a têm) e esperar que venham a ter nomes menos ridículos que Caló e Facá.
Não, não estou a falar de alguém que manteve relações incestuosas com o irmão.
Estou a falar daquelas criaturas que populam aqui a Lapa, normalmente com tons de pele que se assemelham a um cherokee, com cabelos louro-sueco, que falam de forma anasalada e geralmente vivem de organizar eventos.
Cruzo-me com uma delas à hora do almoço, normalmente acompanhada pelas duas crias: A Carlohtah e a Franciscah.
A Carlohtah e a Franciscah têm aproximadamente 3 e 5 anos respectivamente e tratam-se por você.
É com pesar que constato que, quando a metamorfose começa, não tem volta.
Resta-me rezar pela sua alma (enquanto ainda a têm) e esperar que venham a ter nomes menos ridículos que Caló e Facá.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Diga trinta e três
Não sei se ultimamente têm marcado presença em urgências hospitalares - não que seja uma prática minha - mas na semana passada estive numa e depois de ter papado todos os artigos de uma revista Visão (incluindo uma peça fascinante sobre as excentricidades dos mais afamados chefs portugueses), entrevive-me a observar o ambiente que me rodeava.
Aposto que muitos dos guionistas das novelas dos nossos canais generalistas buscam inspiração em locais destes.
Ora vejamos - existe sempre um mau que quer sempre que os seus interesses se sobreponham ao bem estar de toda e qualquer pessoa, não importando como.
Nas urgências, temos "teatros" semelhantes, passo a exemplificar com uma cena que assisti.
Entre muitas pessoas encontra-se na triagem um casal, acompanhado por um filho de meia idade, claramente com um atraso mental (ou então era simplesmente tratado como tal pelos pais).
Chegam 3 ambulâncias com atropelamentos - como é óbvio passaram à frente de todos os que se encontravam a aguardar a sua vez.
O casal começa a mandar bocas entre si criticando esta situação (há que referir que nestes casos o mandar de bocas nunca é uma conversa entre as duas pessoas,
normalmente processa-se num tom de voz suficientemente audível por quem quer que seja que se destine).
"Estivemos no hospital Amadora Sintra que nos enviou para este de urgência"
E eu respondo:
-O hospital Amadora Sintra mandou-vos para este de emergência porque provavelmente já estava farto de vocês. E estão nas urgências porque a esta hora da noite não há outros serviços abertos que vos atendam sem marcação. 80% das pessoas que aqui estão não são urgências e poderiam esperar até amanhã para serem atendidos - em vez disso, estão a entupir e a atrasar o atendimento das verdadeiras urgências e é esse o motivo pelo qual se consomem os serviços de pelo menos uma funcionária para fazer triagem.
"É inadmissível, têm estado a passar-nos à frente"
-Têm estado a passar-vos à frente pessoas que se encontram em situações críticas e não, como é o caso, uma inflamação no ouvido. Poderão vir a ter a sorte de que algum deles entre em paragem cardíaca e nesse caso, deixam de ser prioritários. E também porque o atendimento na morgue é bastante mais ordeiro - sem pressas...
"Filho, diz que já não aguentas mais a ver se nos atendem"
-É graças a este pensamento que uma sala de espera das urgências se assemelha, em termos sonoros, a despojos de um bombardeamento com estropiados por todos os lados...
Há outro fenómeno que me faz esboçar um sorriso que é o facto de se querer deixar bem claro que a pessoa que estamos a acompanhar ou o próprio são as pessoas em piores condições daquele espaço.
E como fazemos isso?
Telefonamos.
E falamos alto, para toda a gente ouvir que o médico disse que a forunculite que a Melinha tem na virilha é das piores que viu nos últimos tempos, que tem que ser lancetado e tomar antibióticos para reduzir a infecção,e que no caso de voltar, teria que ser feita uma pequena cirurgia (esta palavra é sempre sinónimo de gravidade, mesmo que antecedida pela palavra "pequena").
No fim da noite, fiquei a conhecer em pormenor o estado das doenças e os diagnósticos de praticamente todas as pessoas presentes naquela sala, bem como, o nome de todos os parentes e amigos mais próximos dos mesmos - há lá melhor sítio para mergulhar de forma gratuita na intimidade das pessoas?
Melhor só mesmo colocando cameras escondidas nas casas de banho e quartos, but then again, a curiosidade mórbida não justifica queimar a retina com imagens de idosos com excesso de peso em pêlo...
Aposto que muitos dos guionistas das novelas dos nossos canais generalistas buscam inspiração em locais destes.
Ora vejamos - existe sempre um mau que quer sempre que os seus interesses se sobreponham ao bem estar de toda e qualquer pessoa, não importando como.
Nas urgências, temos "teatros" semelhantes, passo a exemplificar com uma cena que assisti.
Entre muitas pessoas encontra-se na triagem um casal, acompanhado por um filho de meia idade, claramente com um atraso mental (ou então era simplesmente tratado como tal pelos pais).
Chegam 3 ambulâncias com atropelamentos - como é óbvio passaram à frente de todos os que se encontravam a aguardar a sua vez.
O casal começa a mandar bocas entre si criticando esta situação (há que referir que nestes casos o mandar de bocas nunca é uma conversa entre as duas pessoas,
normalmente processa-se num tom de voz suficientemente audível por quem quer que seja que se destine).
"Estivemos no hospital Amadora Sintra que nos enviou para este de urgência"
E eu respondo:
-O hospital Amadora Sintra mandou-vos para este de emergência porque provavelmente já estava farto de vocês. E estão nas urgências porque a esta hora da noite não há outros serviços abertos que vos atendam sem marcação. 80% das pessoas que aqui estão não são urgências e poderiam esperar até amanhã para serem atendidos - em vez disso, estão a entupir e a atrasar o atendimento das verdadeiras urgências e é esse o motivo pelo qual se consomem os serviços de pelo menos uma funcionária para fazer triagem.
"É inadmissível, têm estado a passar-nos à frente"
-Têm estado a passar-vos à frente pessoas que se encontram em situações críticas e não, como é o caso, uma inflamação no ouvido. Poderão vir a ter a sorte de que algum deles entre em paragem cardíaca e nesse caso, deixam de ser prioritários. E também porque o atendimento na morgue é bastante mais ordeiro - sem pressas...
"Filho, diz que já não aguentas mais a ver se nos atendem"
-É graças a este pensamento que uma sala de espera das urgências se assemelha, em termos sonoros, a despojos de um bombardeamento com estropiados por todos os lados...
Há outro fenómeno que me faz esboçar um sorriso que é o facto de se querer deixar bem claro que a pessoa que estamos a acompanhar ou o próprio são as pessoas em piores condições daquele espaço.
E como fazemos isso?
Telefonamos.
E falamos alto, para toda a gente ouvir que o médico disse que a forunculite que a Melinha tem na virilha é das piores que viu nos últimos tempos, que tem que ser lancetado e tomar antibióticos para reduzir a infecção,e que no caso de voltar, teria que ser feita uma pequena cirurgia (esta palavra é sempre sinónimo de gravidade, mesmo que antecedida pela palavra "pequena").
No fim da noite, fiquei a conhecer em pormenor o estado das doenças e os diagnósticos de praticamente todas as pessoas presentes naquela sala, bem como, o nome de todos os parentes e amigos mais próximos dos mesmos - há lá melhor sítio para mergulhar de forma gratuita na intimidade das pessoas?
Melhor só mesmo colocando cameras escondidas nas casas de banho e quartos, but then again, a curiosidade mórbida não justifica queimar a retina com imagens de idosos com excesso de peso em pêlo...
terça-feira, 17 de março de 2009
Trapos
Já repararam como a partir de uma certa idade, para além das maleitas normais da passagem do tempo, as pessoas mais entradotas passam também a padecer da incapacidade de atravessar as estradas olhando para o trânsito?
Alguns, mais corajosos, chegam mesmo a claudicar alegremente, ignorando a presença de passeios, deslocando-se no meio da estrada de costas para as viaturas.
O que é que um condutor pode fazer contra isto?
Esperar que a travessia seja concluída à velocidade estonteante da bengala?
Buzinar para avisar? Não recomendo esta última, porque caí no erro de o fazer uma vez e ia provocando um ataque cardíaco à pobre idosa, que qual gato assanhado, pulou finalmente para o passeio. Agora que penso nisso, que fantástica agilidade! A sacana vinha a fazer-se...Eles andam mas é todos a fazer pouco de nós, só porque estão aborrecidos...Era pegar neles todos...
Possivelmente a melhor opção é mesmo a mais praticada na Avenida da Liberdade que consiste em não esperar que acabem de atravessar a estrada, ora não dissesse já um conhecido ditado popular: "mais vale perder uma vida num minuto, que um minuto no relógio de ponto"
Alguns, mais corajosos, chegam mesmo a claudicar alegremente, ignorando a presença de passeios, deslocando-se no meio da estrada de costas para as viaturas.
O que é que um condutor pode fazer contra isto?
Esperar que a travessia seja concluída à velocidade estonteante da bengala?
Buzinar para avisar? Não recomendo esta última, porque caí no erro de o fazer uma vez e ia provocando um ataque cardíaco à pobre idosa, que qual gato assanhado, pulou finalmente para o passeio. Agora que penso nisso, que fantástica agilidade! A sacana vinha a fazer-se...Eles andam mas é todos a fazer pouco de nós, só porque estão aborrecidos...Era pegar neles todos...
Possivelmente a melhor opção é mesmo a mais praticada na Avenida da Liberdade que consiste em não esperar que acabem de atravessar a estrada, ora não dissesse já um conhecido ditado popular: "mais vale perder uma vida num minuto, que um minuto no relógio de ponto"
segunda-feira, 16 de março de 2009
Chiken noodles
Tenho discutido nas últimas vezes que jantei em restaurantes japoneses a possibilidade da comida ter umas especiariazitas de fazer rir.
Normalmente no fim da refeição ficamos num limbo estranho, semelhante a uma bebedeira - rimos como parvos de tudo e ficamos com o síndrome de ombros descaídos - tudo isto é característico de copos mas sem os termos bebido.
A razão permanecia em mistério até este fim de semana em que me encontrava num vastíssimo corredor de massas no supermercado. Foi então que vi isto:
Tudo passou a fazer mais sentido. Explica a súbita transição do povo japonês dos tempos da mística espiritual e da contemplação de cerejeiras em flôr para o povo que cria programas de televisão com o objectivo de responder a perguntas e caso se erre, se leva com o rabo aberto de outra pessoa na cara.
Pensando bem, uma refeição japonesa até não está inflacionada...
Normalmente no fim da refeição ficamos num limbo estranho, semelhante a uma bebedeira - rimos como parvos de tudo e ficamos com o síndrome de ombros descaídos - tudo isto é característico de copos mas sem os termos bebido.
A razão permanecia em mistério até este fim de semana em que me encontrava num vastíssimo corredor de massas no supermercado. Foi então que vi isto:
Tudo passou a fazer mais sentido. Explica a súbita transição do povo japonês dos tempos da mística espiritual e da contemplação de cerejeiras em flôr para o povo que cria programas de televisão com o objectivo de responder a perguntas e caso se erre, se leva com o rabo aberto de outra pessoa na cara.
Pensando bem, uma refeição japonesa até não está inflacionada...
Como o dia do pai está aí à porta
Não sei se vos acontece mas todos os anos é a mesma coisa comigo - nunca sei o que comprar.
Ao longo dos anos fui equipando a caixa de ferramentas lá de casa com tudo o que parecesse necessário, depois passei para as coisas supérfluas, até que por fim, passei a fazer pesquisas na tv-shop esperando que algo de surpreendente aparecesse e se fizesse luz na minha cabeça.
Pois esta manhã, já em desespero de causa, encontrei a prenda que todo o pai amante de golf almeja.
Vá lá, não precisam agradecer. Vão lá fazer a vossa encomenda nos próximos 30 minutos e receberão completamente grátes um equipamento que permite fazer a número dois com toda a comodidade, enquanto discretamente se descansa as pernas junto ao saco dos tacos.
UPDATE: Esqueço-me sempre que nem toda a gente consegue ver vídeos. Sei que qualquer tentativa de descrição do que se passa nunca fará jus á genialidade do mesmo mas vou tentar. Basicamente trata-se de um vídeo de um produto chamado Uro Club. E o que vem a ser isso perguntam vocês? É a solução para todos os problemas das pessoas que bebem muita água e não querem interromper um jogo de golf para se deslocar até ao arbusto/árvore mais próximo. E qual é esse solução perguntam vocês? É um taco de golf oco, que permite colocar o dito cujo dentro e, fingindo que se está a jogar, aliviar a bexiga. É óbvio que se passa completamente despercebido, principalmente porque o apetrecho tem um paninho verde para por à frente da berguilha...
Ao longo dos anos fui equipando a caixa de ferramentas lá de casa com tudo o que parecesse necessário, depois passei para as coisas supérfluas, até que por fim, passei a fazer pesquisas na tv-shop esperando que algo de surpreendente aparecesse e se fizesse luz na minha cabeça.
Pois esta manhã, já em desespero de causa, encontrei a prenda que todo o pai amante de golf almeja.
Vá lá, não precisam agradecer. Vão lá fazer a vossa encomenda nos próximos 30 minutos e receberão completamente grátes um equipamento que permite fazer a número dois com toda a comodidade, enquanto discretamente se descansa as pernas junto ao saco dos tacos.
UPDATE: Esqueço-me sempre que nem toda a gente consegue ver vídeos. Sei que qualquer tentativa de descrição do que se passa nunca fará jus á genialidade do mesmo mas vou tentar. Basicamente trata-se de um vídeo de um produto chamado Uro Club. E o que vem a ser isso perguntam vocês? É a solução para todos os problemas das pessoas que bebem muita água e não querem interromper um jogo de golf para se deslocar até ao arbusto/árvore mais próximo. E qual é esse solução perguntam vocês? É um taco de golf oco, que permite colocar o dito cujo dentro e, fingindo que se está a jogar, aliviar a bexiga. É óbvio que se passa completamente despercebido, principalmente porque o apetrecho tem um paninho verde para por à frente da berguilha...
quarta-feira, 4 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
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